Tricolor se arma para jogo decisivo em Recife

O técnico Lori Sandri mais uma vez não terá todo o grupo à sua disposição. No jogo decisivo de domingo, na Ilha do Retiro, quatro desfalques são certos. O goleiro Flávio e os zagueiros Nem, Neguete e Luís Henrique, lesionados, não enfrentam o Sport. Diante das opções e ainda no aguardo da confirmação do adversário, o treinador pode definir uma variação tática para essa partida. O objetivo: pôr fim à seqüência de maus resultados fora de casa. Há cinco rodadas, o Paraná Clube não soma um ponto sequer na condição de visitante.

?É um retrospecto que precisa mudar. Só somando pontos em casa, você não chega a lugar algum?, avisou Lori. Sob o seu comando, o Tricolor fez apenas um jogo fora. E perdeu: 6×0, para o São Paulo. ?Acho até que este jogo teve seu reflexo na jornada seguinte. Acredito que agora o time atingiu uma estabilidade, que será importante nessa reta final?, avisou o treinador. A meta de Lori: somar seis pontos diante dos dois rivais rubro-negros, Sport e Atlético-PR.

A aposta do técnico é na volta da eficiência defensiva. Após amargar uma seqüência ruim, de muitos gols sofridos, frente ao Corinthians pela primeira vez sob sua direção a zaga do Tricolor ?passou em branco?. ?Era algo que me incomodava. E muito.

O Paraná, nos últimos anos, chegou aonde chegou por ter uma defesa segura. E não sofrer gols não quer dizer que você não vai fazê-los?, lembrou. ?Mas a base de tudo é a segurança lá atrás?, comentou Lori, que não vai abrir mão do sistema com três zagueiros.

Daniel Marques, Toninho e João Paulo formarão, mais uma vez, o trio de proteção ao goleiro Gabriel. A estrutura tática da equipe, no entanto, pode sofrer um ajuste. Tudo vai depender daquilo que Geninho vai preparar, do outro lado. ?O Sport perdeu dois zagueiros e pode vir no 4-4-2. Vamos ver?, disse Sandri. Nesse caso e tendo a volta do capitão Beto, o técnico não descarta a possibilidade de armar o Paraná num 3-6-1, mesmo que para isso tenha que abrir mão de um dos atacantes.

Lima, assim, daria lugar a Beto, com o Tricolor tendo um meio-de-campo mais coeso na busca pelo resultado positivo. ?É uma idéia. Mas, ainda vou treinar essa e outras opções. Vejo o Paraná num bom momento e podemos buscar um distanciamento imediato dessa área de desconforto?, finalizou Lori Sandri.

Adriano Bahia é o último reforço

Com a chegada do lateral-esquerdo Adriano Bahia, 21 anos, a diretoria do Paraná Clube considera o grupo fechado para a seqüência da temporada. O vice de futebol José Domingos descartou a possibilidade da vinda de mais um atacante e um zagueiro, entendendo que para essas posições o clube já conta com várias opções. Assim, os dois últimos dias para registros de atletas visando a seqüência do Brasileirão, serão de calmaria pelos lados da Vila Capanema.

?Nosso grupo já é numeroso e tivemos que driblar alguns obstáculos para trazer esse lateral?, admitiu Domingos. O esforço só ocorreu diante da carência do Tricolor nessa posição, onde a comissão técnica contava apenas com Paulo Rodrigues. O garoto Elvis, que chegou a estrear no jogo frente ao São Paulo, teve um desempenho abaixo do esperado e é um atleta a ser trabalhado para a disputado Estadual, onde poderia ganhar experiência. ?Desde o início, essa era a idéia. Mas surgiu a emergência e ele foi lançado?, justificou o diretor de futebol Durval Lara Ribeiro.

Adriano Bahia estava em plena atividade no Mirassol e vem por empréstimo até o fim do campeonato. ?Nesse momento, ficou impossível uma conversação para um compromisso mais longo. Vamos dar tempo ao tempo e depois tentar uma negociação melhor?, explicou. O jogador passa hoje pelos exames de rotina e assina seu contrato. A diretoria acredita que seu nome estará no BID (boletim informativo diário) da CBF ainda hoje e à disposição de Lori Sandri para a seqüência da competição.

Adriano Bahia é o 31.º jogador do grupo. Apesar de ser um elenco teoricamente numeroso, a maratona de jogos com lesões e suspensões obriga a diretoria a trabalhar com essa reserva. No jogo contra o Corinthians, por exemplo, com três zagueiros lesionados (Nem, Neguete e Luís Henrique), o técnico Lori Sandro ficou sem nenhum jogador para este setor no banco de reservas. ?O ideal é trabalhar com dois jogadores de qualidade por posição. Creio que estamos bem servidos para essa reta final, pois são menos de três meses para o fim do campeonato?, encerrou José Domingos.

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