Exatos 42 dias depois, o Paraná Clube volta a Campinas, tentando reencontrar-se na Série B. Foi na cidade paulista que o Tricolor viveu, até aqui, seu melhor momento na competição.
A vitória sobre o então líder Guarani, pela 12.ª rodada, empolgou e fez seu torcedor sonhar com o acesso. Oito jogos depois, o clube ainda não se livrou do risco de degola e, hoje, contra a Ponte Preta – às 16h10, no Moisés Lucarelli, tenta não voltar para a maldita zona do rebaixamento.
Sob um clima de desconfiança, o Paraná luta para pôr fim ao jejum de bons resultados como visitante. Depois daquela vitória sobre o Bugre, apenas deslizes, contra adversários de qualidade técnica no mínimo duvidosa.
Foi assim contra Duque de Caxias, Campinense e Fortaleza. O recente revés, em casa, para o Bahia, colocou em xeque o elenco. O grupo assumiu a responsabilidade e prometeu reação imediata, contra um adversário que também vive dias de turbulência.
Para não voltar a ser assombrado pelos fantasmas que ano passado rondaram o clube do início ao fim da Série B, o Paraná traça como meta atingir o quanto antes uma pontuação segura. Pelas projeções, 46 pontos são suficientes para não cair.
“Vamos primeiro buscar essa marca. Depois, a gente vê até onde podemos chegar”, frisou o atacante Rafinha. Artilheiro da equipe na competição – ao lado de Alex Afonso -, com quatro gols, ele ainda acredita que é possível mirar o G4. “Mas, vamos tratar isso internamente. Agora, a solução é pontuar”, completou o técnico Sérgio Soares.
O treinador busca encontrar o “time ideal”, em meio à insegurança provocada pela instabilidade na competição. Nessa gangorra, o Tricolor não conseguiu quebrar a barreira da 11.ª colocação.
Para mudar essa rotina, os jogadores prometem maior comprometimento. Tudo para exorcizar as sucessivas falhas coletivas do time. Mesmo focados na Ponte Preta, os tricolores ainda não conseguiram apagar completamente as falhas coletivas e individuais ocorridas diante do Bahia.
Para tentar aumentar a coesão do meio-de-campo, Soares deve escalar Luiz Henrique na vaga de João Paulo. Ele atuaria ao lado de Rai, que substitui Adoniran, suspenso.
Com uma nova dupla de volantes, espera recuperar o bom futebol – mais equilibrado e competitivo -visto nos jogos recentes, como nas vitórias sobre Bragantino e Vila Nova. O desafio do treinador é obter êxito fora de casa, onde, até aqui, o Paraná apresenta o ridículo rendimento de 23,33%.
