Tricolor protesta contra escala de arbitragem

Barbas de molho! O velho chavão resume o clima de apreensão que tomou conta dos dirigentes do Paraná Clube ao tomar conhecimento da escala de árbitros para o jogo de amanhã – às 16h20, no Durival Britto -, contra a Ponte Preta.

A indicação de um apitador catarinense, com o Criciúma tendo interesse direto no resultado desta partida, não agradou a ninguém. Pior do que isso, as informações colhidas sobre Célio Amorim são, no mínimo, preocupantes.

“Ele nos prejudicou, e muito, no campeonato catarinense”, disse o empresário Luiz Alberto Martins de Oliveira Filho. O proprietário da L.A. Sports, empresa que deu a sustentação para a volta do Avaí à primeira divisão, conta que na época foi feito um protesto formal pela arbitragem de Amorim. “O que aconteceu foi um escândalo. Ele nos prejudicou justamente contra o Criciúma, deixando de marcar pênaltis claros”, recordou.

O Paraná, mesmo tendo seis pontos de vantagem sobre o Criciúma, não vive um momento de tranqüilidade. Muito pelo contrário. O técnico Paulo Comelli não gostou também da marcação do jogo contra o CRB para a próxima terça-feira.

“O mais justo seria que todos os clubes envolvidos nessa disputa jogassem no mesmo horário”, afirmou o gerente de futebol Beto Amorim. A Ponte Preta – que vivia situação similar -conseguiu a transferência de seu jogo contra o ABC de terça para sábado, alegando problemas com a viagem para Natal.

Com isso, a tabela da 37.ª rodada, divulgada há três dias pela CBF já sofreu alguns ajustes.

O Paraná também encaminhou ofício para a entidade, buscando a revisão também de seu jogo contra o já rebaixado clube alagoano, mesmo sabendo que dificilmente obterá sucesso.

Como já ocorreu por duas vezes seguidas neste segundo turno, o Tricolor fará dois jogos em quatro dias, enquanto seus adversários diretos na luta pela permanência na Série B terão um tempo maior de preparação.

Enquanto uma resposta não vem, o Paraná se mobiliza para as duas decisões, contra Ponte Preta e CRB, jogos em que pretende somar os pontos que ainda faltam para pôr fim, matematicamente, ao risco de rebaixamento.

Nas contas do treinador, o Tricolor atingirá esse estágio de tranqüilidade com mais uma vitória.

Nesse processo de mobilização, dezoito jogadores já estão em regime de concentração desde ontem à noite.