Tricolor promete entrar em campo com nova cara

O Paraná Clube promete “lavar a roupa suja em casa” e entrar em campo, amanhã, com uma nova cara. A derrota para o América-MG – a sétima pela Série B – deixou o clima tenso. Jogadores trocaram farpas e o técnico Marcelo Oliveira adotou a seguinte posição: só fica quem estiver focado no clube e disposto a ajudar. Este será o tema da reunião programada para hoje, entre comissão técnica, atletas e dirigentes. O declínio vertiginoso acendeu a luz vermelha pelos lados da Vila Capanema.

Ao término do jogo, em Sete Lagoas, o goleiro Juninho foi o primeiro a disparar críticas. “Tem gente pensando só em propostas e esquecendo de jogar. Assim não dá. Ou ajuda ou sai, pois está atrapalhando”, desabafou o camisa 1, com o cuidado de não citar nomes. O alvo principal, porém, qualquer paranista sabe: Marcelo Toscano. O atacante convive com uma iminente transferência para o futebol português. Consciente ou inconscientemente, o quadro afetou seu desempenho.

Três representantes do Vitória de Guimarães estiveram na Arena do Jacaré. Conferiram de perto mais uma jornada fracassada de Toscano e companhia. O Paraná foi caricato em relação àquilo que já produzira nesta mesma Série B. Dispersivo, sem a costumeira vibração e tímido demais das finalizações, o Tricolor mais uma vez não exigiu uma defesa sequer do goleiro adversário. Melhor para o Pantera, Flávio, que segue como o goleiro menos vazado da Segundona (ontem gols sofridos). Vanderlei, do Coritiba, e Renê, do Bahia, já haviam passado por situação semelhante.

Preocupação

O técnico Marcelo Oliveira reconhece que a fase é no mínimo complicada. De líder, o Paraná desabou para o 10º lugar e está muito mais para a ZR do que para o G4. “Não tem faltado trabalho, dentro e fora de campo. Mas, algo não está dando certo”, disse o treinador. “Vamos ter que dar uma solução para isso. Só vou escalar quem estiver realmente comprometido com o Paraná”, afirmou, abrindo a possibilidade de mudanças severas para o jogo frente ao América-RN, amanhã, às 21h, no Durival Britto.

O capitão Luís Henrique fez coro às constatações de Juninho e Marcelo Oliveira. E foi além. “Podemos ter um grupo jovem, mas se o diálogo não está funcionando, temos que buscar outra opção. Tem jogador que vai amadurecer na marra”. Luís Henrique disse estar envergonhado com o momento do clube e creditou a fase exclusivamente ao grupo. “Tem gente que não está correndo o que pode. A diretoria se virou e colocou quase tudo em ordem. Então, temos que resolver tudo dentro de campo”, arrematou o capitão do azul, vermelho e branco.

Toscano

O Vitória de Guimarães teria acertado, segundo o jornal português A Bola, um contrato de dois anos com Marcelo Toscano. “Só estou à espera que chegue um diretor do Vitória para oficializarmos o acerto”, disse o jogador paranista. Por ora, a diretoria tricolor não confirma.