Decisão

Tricolor precisa fazer o que não fez durante o Paranaense

Na UTI, o Paraná Clube entra em campo hoje – às 18h30, no Durival Britto – apenas para assegurar que os aparelhos não sejam desligados. O grupo tem a árdua missão de realizar, em três jogos, tudo aquilo que não fez ao longo de toda a temporada. Frente ao Iraty, precisa da vitória para se manter vivo na luta contra a degola, tarefa que só poderá ser concluída dentro de duas semanas, em Cascavel. Qualquer outro resultado e o Tricolor estará, ao menos virtualmente, rebaixado para a divisão de acesso do futebol paranaense.

O técnico Ricardo Pinto, otimista por natureza, mantém a fé no seu trabalho e naquilo que ele acredita que o time poderá desenvolver nessa reta final. A ordem é não dar tanta importância àquilo que os concorrentes farão e manter todas as energias voltadas para esta necessária sequência de vitórias. A rigor, o treinador espera fechar esse ciclo no estadual da mesma forma como iniciou sua trajetória na Vila Capanema: vencendo, vencendo e vencendo.

Curiosamente, o “grito de guerra” dos tricolores no momento em que eles vão entrar no gramado é esse. “Um, dois, três. Vitória, vitória, vitória”. É desta forma que os jogadores fazem a última corrente antes de encarar seus desafios. Pois, no momento mais delicado de sua história, é exatamente isso que o Paraná necessita, uma trinca de resultados positivos, assim como fez nos jogos contra Cascavel, Corinthians e Rio Branco, quando da chegada de Ricardo Pinto, há quase dois meses.

“Concentração total no Iraty. Sobre os outros adversários, a gente começa a pensar a partir de segunda-feira”, disse o volante Serginho. Depois de quase ser dispensado, o jogador deu a volta por cima, ganhou espaço e, diante da ausência de Anderson, lesionado, assumiu a condição de titular da cabeça de área. O jogador, antes visto como um segundo volante, se firmou mesmo na função de “cão de guarda” da zaga. “Ali no meio, posso jogar em qualquer uma das posições. Só não tenho característica para ser o camisa 10, aquele meia armador”, reconheceu Serginho.

Ele retorna ao time, assim como o também volante Luiz Camargo e o atacante Diego. Com estes reforços – e diante da necessidade de vitória -, Ricardo Pinto volta a armar o time num 4-3-3, apostando na velocidade e nas jogadas pelos flancos para furar a “retranca” adversária. Os paranistas prevêem um jogo truncado, onde precisarão de muita velocidade e criatividade para balançar as redes.