Não se sabe bem o que aconteceu, mas o Paraná Clube entrou bem diferente no jogo de ontem contra o Criciúma. Foi agressivo, insinuante, voluntarioso e mais eficiente. Eficiência que não tinha sido vista em toda a temporada, talvez abrindo uma exceção para a vitória sobre o Internacional, na Copa do Brasil. Mas, pelo jeito, alguém em Criciúma falou bobagem, pois os tricolores foram para o campo com a ?faca nos dentes?.
?Eles não respeitaram a gente?, atirou, depois da partida, o meia Éverton, um dos melhores em campo no Heriberto Hülse. ?Nós viemos para vencer e mostramos uma raça que não mostramos nos últimos jogos?, admitiu o jogador. Em tom de brincadeira, o volante Agenor, outro destaque de ontem, disse que sobrou para o Tigre. ?Eles pagaram o pato?, disse o ?cão de guarda? paranista.
O zagueiro Luciano, capitão da equipe, foi uma voz serena após a vitória por 3×0. ?Nós precisamos ter a cabeça no lugar. O que aconteceu em Natal, contra o América, não pode se repetir, e temos que melhorar. Estamos em um clube grande, estamos sofrendo pressão e isto é natural. Nossa capacidade e a força do Paraná devem permanecer?, comentou o jogador, que levou o terceiro cartão amarelo e desfalca o time contra o Vila Nova, na próxima terça-feira, em Curitiba.
E o técnico Rogério Perrô espera que todos apóiem o Tricolor na próxima rodada, na Vila Capanema. ?Queremos mais, queremos vinte, vinte e cinco mil pessoas?, afirmou o comandante paranista, exagerando um pouco nas contas. Sobre o jogo, o treinador afirmou que a calma foi preponderante na vitória. ?Tivemos paciência para vencer a marcação deles e conseguir um bom resultado?, resumiu.
