Tricolor mantém rotina de fracassos fora de casa

Uma via crucis sem fim. Restando apenas doze jogos para o encerramento da temporada, o Paraná Clube ainda não conseguiu montar um time ao menos confiável.

Fora de casa, vai colecionando derrotas e complicando ainda mais a sua vida na Série B do Campeonato Brasileiro. Retrospecto que coloca o Tricolor em xeque: amanhã, frente ao América-RN, é vencer ou vencer. No jogo das 19h30, no Durival Britto, o time de Paulo Comelli tenta voltar a ser agressivo, como nas recentes partidas em casa.

Nem comissão técnica nem jogadores conseguem apresentar uma explicação precisa. Mas o comportamento do Tricolor como visitante pode ser reflexo da insegurança que norteou o clube ao longo de todo o ano.

Em Natal, faltou ambição ao Paraná, que mesmo na zona do rebaixamento enxergou no empate um bom resultado. Na prática, o pontinho seria mesmo bem-vindo, já que deixaria maior “bolo” de clubes que lutam contra a degola. O resultado permitiu a fuga do ABC e empurrou o time de Comelli ainda mais pra baixo na tabela de classificação – agora é o 19.º e penúltimo colocado.

O treinador e os atletas lamentaram o resultado, entendendo que o gol do ABC saiu justamente no momento em que o adversário já dava sinais de desânimo.

Porém, durante a maior parte da partida, foi o time potiguar quem teve a iniciativa do jogo. No primeiro tempo, o setor ofensivo do Tricolor inexistiu. Um perfil que coloca o Paraná sob a pressão de vencer todos os jogos em casa.

As projeções indicam que para se safar do rebaixamento para a terceirona são necessárias mais seis vitórias, e é exatamente esse o número de jogos que o clube realiza na Vila Capanema.

Assim, essa semana será definitiva para o futuro do Paraná. Em apenas quatro dias, serão dois jogos que têm jeito de “final de Copa do Mundo” para o Tricolor.

Somente vencendo América-RN e Criciúma, adversários diretos na luta contra o descenso, o grupo conseguirá oxigênio para a maratona que prosseguirá na próxima semana, quando fará dois jogos fora, contra Vila Nova e Juventude.

“Sabemos que a situação é difícil. Mas, em casa, temos que fazer a nossa parte. Já estamos concentrados e focados nessas decisões”, disse Comelli.

No jogo de amanhã, o Paraná terá pela frente a maior “asa negra” dos últimos tempos. No ano passado, o Tricolor foi o único a perder duas vezes para o América-RN.

Resultado: os dois morreram abraçados e rebaixados para a Série B. Agora, lutam para escapar de um vexame maior.

O time de Natal, no entanto, tem um ponto de vantagem sobre o time azul, vermelho e branco, sendo que no jogo do primeiro turno quando estava em situação ainda mais delicada, nas últimas colocações o Diabo faturou o jogo em casa, por 3×2.