O Paraná Clube vai chegando ao fim da temporada sem saber com que roupa irá entrar em 2011. Sem a perspectiva de novas receitas, e devendo R$ 1,5 milhão para o atual elenco, o clube corre o risco de sofrer um profundo desmanche.
O próprio Roberto Cavalo já admite iniciar “do zero” o seu trabalho para a disputa do Campeonato Paranaense. Sob os efeitos dos constantes atrasos, muitos jogadores já estão abertos a negociações com outros clubes.
“Realmente está difícil. Até porque, ninguém nos dá uma posição oficial sobre o que poderá acontecer”, disse o capitão Luís Henrique. No clube desde 2007, vê com tristeza o atual momento do Tricolor. “É difícil trabalhar assim. Nunca reivindicamos nada além dos salários”.
Os jogadores esperavam para ontem uma reunião com o presidente Aquilino Romani. O encontro não aconteceu e os atletas ficaram por mais de duas horas de braços cruzados, aguardando uma posição da diretoria.
“Viemos dispostos a treinar. Mas recebemos a orientação de esperar a presença do presidente. Como a reunião da diretoria demorou, ficamos sem saber o que fazer, até sermos liberados”, contou o goleiro Juninho.
Enquanto os jogadores aguardavam no vestiário e no pátio, Aquilino Romani estava reunido na sala da diretoria com Paulo César Silva, Guto de Melo e Renato Trombini.
Só que enquanto busca recursos para quitar os atrasados, a diretoria perde tempo nas conversações sobre possíveis renovações contratuais. “Até o momento, ninguém me procurou”, disse Luís Henrique.
“Ouvi que o Cavalo tem interesse, mas a diretoria não me chamou. É ruim, porque gostaria de já projetar o meu futuro”, disse o zagueiro, confirmando que a partir de segunda estará aberto a propostas de outros clubes.