Tricolor focado na luta para sair da fila

A vitória em Irati – e a combinação de resultados na largada das quarta-de-final -levou o Paraná Clube à primeira colocação geral do Campeonato Paranaense. Com aproveitamento de 64,44%, tem um ponto de vantagem sobre Atlético e J. Malucelli. Se um simples empate no jogo de volta, frente ao Iraty, o garante nas semifinais, nova vitória pode abrir caminho para que o clube assegure a vantagem de decidir em casa até uma eventual finalíssima, ambição maior do Tricolor, que não comemora um título estadual há nove anos.

Para jogadores e comissão técnica, o segredo é seguir com a mesma estratégia ?pés no chão? para o jogo do próximo sábado (às 15h30, no Pinheirão). ?O grupo está muito consciente e fechado em torno de um objetivo comum?, lembrou o artilheiro Leonardo. Com sete gols na temporada, o jogador não esconde a alegria com a boa fase. É a volta por cima do atacante, que ficou parado por quase todo o ano passado, devido à uma lesão de tornozelo. ?O astral do elenco é muito bom e essa alegria vai para dentro de campo?, comentou.

Realista, não alimenta a possibilidade de ainda brigar pela artilharia. ?Nesse campeonato, já era.

A vantagem dele é muito grande?, disse Leonardo, numa referência aos 18 gols de Leandro, o centroavante do Iraty. ?Essa, é uma vitória pessoal. Fico mais feliz com o título, que premiaria o trabalho de todo o grupo.? Ele sabe que para chegar lá, o Paraná depende – e muito – dos seus gols. Ainda mais diante dos erros de finalização que tem se mostrado um grande tormento para os tricolores.

No último domingo, mesmo adotando uma postura de muita segurança, o Paraná perdeu pelo menos três chances reais de gols, no final da partida. ?É algo que precisamos acertar. Trabalhamos muito este fundamento nas últimas semanas. É preciso ter um pouco mais de tranqüilidade na hora de dar o toque final?, alertou Barbieri, ainda nos vestiários do Coronel Emílio Gomes, onde o meia Sandro perdera uma chance incrível, sem o goleiro adversário à sua frente.

Essa falta de pontaria justifica os números do Paraná, que dentre os finalistas tem aproveitamento superior apenas a J. Malucelli e Coritiba, com 25 gols marcados.

O segredo da boa campanha está, mais uma vez, na precisão da zaga, a melhor do estadual, com 13 gols sofridos após 15 rodadas. Flávio, diante deste quadro, surge como favorito para garantir a condição de goleiro menos vazado do Paranaense-2006, repetindo a marca do último Brasileirão. ?Não sofrer gols é o primeiro caminho para vencer. O time está bem equilibrado e pode render ainda mais nesta reta final?, disse o Pantera, que persegue seu primeiro título com a camisa tricolor.

Dor de cabeça para Barbieri

Dois desfalques certos e uma dúvida podem comprometer a eficiência da defesa paranista. O técnico Luiz Carlos Barbieri já sabe que não poderá contar com os dois dos jogadores mais experientes do grupo. O volante Beto e o zagueiro Émerson, suspensos, não enfrentam o Iraty, na volta das quartas-de-final. Além disso, o Tricolor corre o risco de ficar sem Gustavo, lesionado.

Beto, que além de expulso recebeu o 3.º amarelo, não joga a primeira da semifinal, caso o Paraná avance. Para compensar essa ausência, a comissão técnica conta com a volta de Rafael Muçamba. Recuperado da lesão na coxa esquerda, o jogador garante que hoje estará de volta aos treinos. ?Já não sinto aquele desconforto?, disse.

Para a zaga, a opção imediata é João Paulo. Caso a ausência de Gustavo se confirme, Barbieri tem como alternativas Da Silva e João Vítor, caso decida manter o sistema com três zagueiros.

Além de Muçamba, o Paraná poderá ter ainda a volta de Edinho. O jogador já está realizando treinos físicos e será avaliado ao longo da semana. ?Espero realizar todos os treinos. As dores regrediram, mas não adianta querer atropelar as coisas?, afirmou o ala, ausente das últimas cinco partidas do Tricolor.

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