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Tricolor emplaca quinta vitória seguida na Vila Capanema

Aquela fase terrível parece mesmo ter sumido da Vila Capanema. Com a autoridade, raça, bom futebol e até a sorte que faltaram na maior parte da Segundona, o Paraná Clube não tomou conhecimento do Criciúma.

O 3 x 1 aplicado ontem foi a quinta vitória consecutiva em casa do Tricolor, que finalmente ganha distância da zona do rebaixamento para a Série C (ficou momentaneamente em 12.º lugar) e confiança para terminar a competição de forma digna.

Sem Cristian e com Pituca e Kleber juntos no time -surpresa de Paulo Comelli na escalação -, o Tricolor dominou as ações desde os primeiros minutos. E tinha Ricardinho inspirado. O camisa 11 paranista balançou as redes duas vezes nos primeiros 10 minutos – mas só a segunda valeu, após um tirambaço de fora da área.

Mas o ímpeto arrefeceu sete minutos depois do gol, em mais um lance polêmico envolvendo o goleiro Mauro. A cobrança de falta do zagueiro Everton foi com certa força e passou por baixo da barreira, mas não era indefensável.

Com o gol de empate, o Tricolor caiu um pouco de produção. Ainda assim era melhor em campo diante de um adversário excessivamente retraído e que mantinha à frente somente o veterano Jardel, bem longe de seus melhores dias.

Mas faltava um pouco de criatividade e ofensividade ao Tricolor. Quando Kleber deixou de ser volante e chegou à frente, o Criciúma se viu em apuros. As jogadas pelo lado esquerdo, com Fabinho, eram um bom caminho, mas não produziram nada de extraordinário.

O panorama não mudou na segunda etapa. O Paraná seguiu em cima, e de novo marcou nos minutos iniciais -Giuliano, com outra bela atuação, foi persistente para pôr o Tricolor à frente.

O jogo estava sob controle, mas em lances casuais o Criciúma assustava. Então apareceu Mauro, para se redimir das vaias do intervalo e salvar o Tricolor, em dois chutes de Jardel.

À frente, o time que era tão carente de qualidade no 1.º turno esbanjou um arsenal de jogadas bem trabalhadas e em velocidade, que em todo momento colocavam a meta catarinense em perigo.

Para completar, a sorte ajudou de novo e numa falta cobrada por Éder o desvio na barreira derrubou o goleiro, matou de vez o Tigre e espantou a bruxa da vida do Tricolor.