A típica tarde curitibana, fria e chuvosa, era um convite a ficar em casa, saborear uma pipoquinha e curtir na tevê as muitas decisões espalhadas pelo Brasil. E foi essa a pedida para os paranistas. À exceção dos pouco mais de quinhentos torcedores que se aventuraram a colocar as galochas e, munidos de guarda-chuva, ver a despedida do Paraná Clube do Estadual-2010, no Durival Britto. Triste escolha. Num jogo muito fraco tecnicamente, o Tricolor ficou num empate (1×1) com o Operário e fechou sua participação num modesto quarto lugar.
O Paraná entrou em campo desfigurado. Sem cinco titulares, o técnico Marcelo Oliveira se viu obrigado a lançar mão de suplentes para formar o time, completando o banco com garotos chamados emergencialmente dos juniores. A prática não seria diferente da teoria. Sem nenhum entrosamento, o Tricolor pouco produziu no ataque e só não teve maiores dificuldades porque o Operário se limitou a marcar. E, como o Paraná não se encontrava em campo, o Fantasma foi buscar a vantagem em uma jogada de bola parada. Na cobrança de escanteio, Juninho “fez milagre”, a bola tocou na trave e, na sobra, Rodrigo de Lazzari mandou para a rede.
Na fase final, Marcelo Oliveira colocou Elvis na vaga de Edimar, reconduziu João Paulo ao meio, deslocando Vinícius para a ala. Com essa nova postura, o Tricolor conseguiu maior volume de jogo, mas sem traduzir isso em gols. Depois, o técnico tricolor arriscou tudo ao lançar os garotos Cristian e Diego. Pois foi dos pés de Dieguinho que saiu a jogada do empate. Ele cruzou e Wellington Silva conferiu de cabeça o gol de empate, aos 43 minutos. E foi só.


