A vitória sobre o CRB trouxe tranquilidade ao Paraná Clube. Com 45 pontos, e matematicamente garantido na Série B de 2013, o Tricolor ganha tempo para planejar a equipe para a próxima temporada. O primeiro passo é “colocar a casa em ordem”. A diretoria espera quitar até amanhã a folha salarial de setembro. Corrigir essa questão financeira é um ponto chave para dar início às conversações para a permanência de alguns jogadores. “Sei que muitos querem ficar. Estão adaptados ao clube e à cidade. Mas para que isso ocorra, eles precisam sentir segurança”, comenta o técnico Toninho Cecílio.

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O treinador aproveitou para elogiar o comprometimento do grupo, apesar da crise financeira. “Cheguei no auge do problema e ninguém afrouxou. Todos foram sempre muito profissionais e é importante que o torcedor saiba disso. Precisamos muito do nosso torcedor no ano que vem, já a partir do Paranaense”, frisou Toninho Cecílio, que completou dez jogos à frente do Paraná, com aproveitamento de 43,33%. “Não é o ideal, mas por tudo que o clube passou na temporada acho que o saldo é positivo. O clube voltou à Primeira Divisão estadual, teve bom desempenho na Copa do Brasil e passou pela Série B sem grandes sustos, apesar dos altos e baixos”, resume.

 

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O treinador aproveita também para fazer um balanço da campanha tricolor até aqui. “O Paraná poderia ter ido mais longe nesta Série B. Mas sem dinheiro fica difícil”, admite. Além dos atrasos salariais, o clube ficou sem recursos para investimentos no futebol. “Você acaba de mãos atadas, num momento em que os adversários investem para qualificar seus grupos”, analisa. Durante todo o ano, houve cobranças em relação à busca por um atacante de área. Uma carência que fez Cecílio, na partida de anteontem, dar a primeira chance a Wellington Silva.

Perdas

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O treinador lembrou ainda que o Paraná, além de não poder contratar, perdeu algumas peças importantes, como o zagueiro Alex Bruno e o volante Zé Luís. “São contingências do futebol. Mas se você já tem um grupo restrito, ausências desse porte fazem realmente muita falta. O Alex Bruno, por exemplo, eu conheço desde os tempos de Santo André. É um zagueiro extraordinário e que voltou muito bem ao time. Pena que só numa reta final de competição”, conclui Cecílio.