Arena da Baixada

Trabalhadores fazem greve na Arena e Petraglia fala com operários

Cerca de 300 trabalhadores responsáveis pelas obras na Arena da Baixada voltaram a paralisar suas atividades, nesta sexta-feira (13). Em protesto, os funcionários ficaram de braços cruzados até às 16h em frente ao estádio, que sediará quatro jogos da Copa do Mundo de 2014.

O clima ficou tenso no local. Durante a tarde houve diversas discussões entre os grevistas, seguranças da obra e até agentes da Setran. Segundo os trabalhadores, ainda há atraso de salários e benefícios. Todos os envolvidos são funcionários de empresas sub-contratadas pela CAP/SA, empresa que gerencia as obras na Arena.

De acordo com o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Curitiba (Sintracon), José Oliveira, os funcionários estão irritados com a demora no pagamento dos salários. “Todos estão indignados com os atrasos nos pagamentos. Os operários já ocuparam o portão de acesso de materiais e equipamentos do estádio para pressionar o Atlético a cumprir com suas obrigações”, disse o dirigente.

Os operários já haviam entrado em greve no início desta semana alegando o mesmo motivo. Segundo o presidente do Sintracon, Domingos Oliveira Davide, apenas alguns funcionários receberam o pagamento. “Eles efetuaram o pagamento apenas dos funcionários ligados diretamente ao clube. Os trabalhadores das empreiteiras não receberam. Nós iremos parar todas as atividades caso o pagamento não saia”, ressaltou Davide.

O presidente do Clube Atlético Paranaense, Mario Celso Petraglia, falou pessoalmente com os manifestantes, pedindo que eles retornassem ao trabalho. A paralisação foi encerrada após uma votação realizada pelo Sintracon com os trabalhadores. Nesta assembleia ao ar livre ficou decidido que se os pagamentos não forem realizados com depósitos confirmados até a segunda-feira pela manhã, a greve será retomada ainda na segunda a partir do meio-dia. Na reunião, nove trabalhadores de diferentes empresas sub-contratadas pela CAP/SA repassaram seus contatos para o sindicato, para confirmação dos pagamentos dos salários.

Procurada pela reportagem do Paraná Online a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/PR) informou que não irá intervir na questão, já que formalmente não recebeu nenhuma reclamação por parte dos trabalhadores ou de seu sindicato representante. Caso esta denúncia seja formalizada o procedimento é agendar uma mesa redonda de conciliação entre os funcionários e as empresas empregadoras.

Confira o vídeo com o discurso de Petraglia: