Torcida paranista perde a paciência e pede a saída de Vavá

O apito final do árbitro mineiro Renato Cardoso da Conceição desencadeou em definitivo a revolta da torcida do Paraná Clube. Perder de virada para o fraco time do Gama foi demais para a galera, que escolheu vários responsáveis pelo fracasso de ontem na Vila Capanema. O goleiro Gabriel, o meia Cristian e o atacante Gílson foram bastante cobrados, mas o mais “citado” foi o vice-presidente de futebol, Durval Lara Ribeiro.

Antes do final do jogo já havia coros e xingamentos contra o homem-forte do Tricolor. Alguns mais singelos, como “Ei, Vavá, pede pra sair”. Outros fortíssimos, sem a menor condição de serem reproduzidos no jornal. Ao final da partida, a torcida se concentrou perto dos vestiários para continuar as cobranças. O presidente Aurival Correia ouvia a tudo lá de dentro, ele saiu do camarote da diretoria minutos antes do jogo terminar.

E houve um momento em que qualquer um que tivesse relação com a diretoria foi xingado. O ex-vice-presidente José Domingos Borges Teixeira e o ex-superintendente Ricardo Machado Lima tiveram que ser cercados pela polícia para conseguir deixar a Vila Capanema.

No vestiário 1 do Durival Britto, longo silêncio. Perrô demorou mais de meia hora para falar. “Não vamos apontar o dedo para ninguém. Quem perdeu foi todo mundo”, disse o treinador, que teve que responder sobre o risco de demissão.

“Quando eu entrei nessa carreira, sabia que seria assim. Corro o risco no Paraná Clube, mas é assim em outros times. Mas eu sou consciente do que estou fazendo, estou tentando o possível e o impossível. Só que os resultados não estão vindo”, desabafou. A diretoria? Nada falou, ficou reunida (sem Vavá Ribeiro, que foi embora) com torcedores e deve se manifestar hoje.