Belo Horizonte – Revoltados com a postura do time na primeira partida da final do Campeonato Mineiro, quando perdeu por 4 a 0 para o rival Atlético-MG, representantes de torcidas organizadas do Cruzeiro fizeram um protesto, na manhã de ontem, em frente à portaria da Toca da Raposa 2, o CT do clube.
Cerca de 80 torcedores, principalmente da organizada Máfia Azul, pediram a dispensa de jogadores e fizeram críticas à diretoria cruzeirense. A segurança no local foi reforçada por aproximadamente 30 policiais militares, que montaram um cordão de isolamento. Mas não foi registrado nenhum incidente.
Indignados com as denúncias de atletas freqüentando a noite, representantes das torcidas prometeram criar um site para vigiar os jogadores que forem flagrados em baladas. ?Time, sem raça, movido a cachaça?, gritavam os cruzeirenses durante o protesto.
As hostilidades foram dirigidas a quase todos os atletas que chegavam ao CT para a reapresentação, após a goleada para o Galo, ocorrida no domingo. ?Cruzeiro é tradição, não é humilhação?, ?Ô ô ô, queremos jogador?, foram outros gritos de protesto.
O único poupado foi o volante Sandro, que recebeu apoio dos manifestantes.
Peruzeiro
O lateral-direito Gabriel, o atacante Geovanni e o goleiro Fábio estavam entre os mais criticados. ?Peruzeiro não, fora Fábio?, dizia uma faixa em referência ao goleiro da Raposa, revelado pelo União Bandeirante, que protagonizou o lance de maior repercussão do clássico de domingo – sofreu o quarto gol quando caminhava de costas para o campo.
Fábio ficará inativo de quatro a seis meses, segundo previsões médicas, por causa de uma lesão no ligamento cruzado posterior do joelho esquerdo. Lauro será o novo titular.
Sobrou crítica também para o técnico Paulo Autuori, chamado de ?covarde?. Após a goleada, Autuori pediu demissão ainda no vestiário do Mineirão, deixando o Cruzeiro sem comando para o segundo jogo da final, no próximo domingo.