A festa de aniversário do Coritiba, segunda-feira, no Restaurante Madalosso, foi especial para o homem Paulo Afonso Bonamigo. Ele recebeu uma demonstração de apreço de quase dois mil torcedores que lá estavam, e que gritaram seu nome por um bom tempo.
É mais uma prova da ligação que o treinador tem com o clube onde está há 17 meses. Desde os anos 50 um técnico não trabalha tanto tempo sucessivamente no Alto da Glória.
Bonamigo também será, após o jogo de sábado, às 19h, contra o Bahia, no Couto Pereira, o treinador que mais comandou o Coritiba em campeonatos brasileiros, superando Elba de Pádua Lima, o Tim, considerado por muitos o maior técnico da história do clube. “É uma honra conseguir uma seqüência dessas”, reconhece. Terminando o ano no Coxa, Bonamigo fechará exatos 99 jogos como técnico alviverde.
E ele esteve presente, como parte decisiva, na recuperação do clube. “Quando eu cheguei, havia uma crise de auto-estima no elenco. Os jogadores eram preocupados, tristes, tinham medo. Ninguém acreditava em seu potencial. Por isso essa evolução tem que ser comemorada”, comenta Bonamigo, que acreditou desde o início que o Cori poderia chegar a patamares mais altos. “Se eu não acreditasse nisso, não teria vindo para cá”, garante.
E veio para criar um laço de unidade com o clube. “Quando fui chamado para conversar com os dirigentes, disse que queria um compromisso longo, para que eu pudesse realizar um trabalho no Coritiba. Eles aceitaram, e nós estamos conseguindo colher os frutos”, resume o treinador, que conquistou seu maior título na profissão neste ano, no campeonato paranaense.
Daí a emoção de Bonamigo em ouvir seu nome gritado por tantas pessoas. “Era uma festa do clube, e eu imaginava que os torcedores estariam chateados pela derrota no clássico. Mas aconteceu exatamente o contrário: eles estiveram no restaurante, apoiaram e deram uma demonstração incrível de amor pelo Coritiba”, conta o técnico alviverde. “E eu fiquei emocionado com essa reação deles, gritando meu nome. É uma sensação incrível”, confessa.
Isso faz com que ele ainda creia em possibilidades improváveis. “Mesmo que a distância do Cruzeiro ainda seja muito grande, nós temos que pensar sempre em chegar à liderança, buscar o título”, afirma. “Se não conseguirmos, ainda temos a chance de levar uma vaga na Libertadores, que era o nosso objetivo inicial”, finaliza Bonamigo.
Poucas mudanças, mas Fávaro aguarda no banco
A prévia será conhecida hoje. Mas o técnico Paulo Bonamigo já tem em mente o Coritiba que enfrentará o Bahia, no sábado, às 19h, no Alto da Glória. A tendência é que ele mantenha ao máximo o time que jogou contra Atlético e Goiás, modificando apenas no obrigatório: ou seja, as vagas abertas pelos suspensos Odvan, Reginaldo Nascimento e Adriano. Alexandre Fávaro, que não rendeu bem no Atletiba, deve ganhar nova oportunidade.
Para o treinador coxa, o “Príncipe” ainda precisa de seqüência de jogos. “Não adianta colocar o jogador agora e logo tirar. O Alexandre precisa de mais tempo”, reconhece. Além disso, Bonamigo sabe que a presença de Fávaro na equipe representa a possibilidade de cobranças de faltas, como no gol que deu a vitória sobre o Goiás.
Com isso, não se mexeria na formação tática da equipe, e Lima continuaria como titular. O técnico alviverde confia muito no meia-atacante, apesar de reconhecer à pessoas próximas que o jogador vive má fase técnica. Mas a “composição tática? dele, que volta para ajudar o meio-de-campo e até marca se necessário, faz de Lima um jogador que tem utilidade no esquema de Bonamigo.
Ficam então abertas apenas as três vagas deixadas na defesa. E o técnico já confirmou a entrada de Danilo, Edinho Baiano (que volta a ser o capitão) e Lira. “São jogadores que vêm atuando e que não vão mudar em nada o rendimento defensivo do time”, torce Bonamigo. A provável formação coxa tem então Fernando; Ceará, Danilo, Edinho Baiano e Lira; Willians, Roberto Brum, Jackson e Alexandre Fávaro; Marcel e Lima.
Site sorteia ingresso de arquibancada
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