Em junho de 2014, o carro do contador Thiago Gabriel Oliveira foi roubado em Curitiba. O fato levou o rapaz, 30 anos, ao desespero. Não por causa do veículo. Foi a perda de uma camisa do Paraná que estava no interior do automóvel que deixou Oliveira desconsolado. “Tinha uma camiseta e uma jaqueta do clube que eu sequer havia tirado do plástico. Mas o pior foi a camiseta. Como fui um dos primeiros a comprar, vinha com o símbolo de colecionador. O carro tinha seguro, mas a camiseta era irrecuperável”, narra Thicolor, como é conhecido Oliveira por amigos e familiares, tamanho seu fanatismo pelo time.

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“Liguei desesperado para a moça da loja oficial e implorei para ela conseguir outra para mim. Dias depois, alguém devolveu uma igual à que perdi, por causa de um defeito de fabricação. Aceitei na hora”, relembra, aliviado. A relação com a loja do Paraná, aliás, é de fidelidade.

Toda vez que vai ao clube, Thicolor compra pelo menos um produto oficial. Não falha. Camisetas, calções, jaquetas, chaveiros, canetas, bandeiras e o que mais se puder imaginar, constam na coleção do paranista. Inclusive um capacete de motociclista nas cores tricolores, no valor de R$180. Detalhe: Thicolor anda apenas de carro.

“Quando minha mãe me viu com o capacete em mãos quase enlouqueceu. Achou que eu tinha comprado uma moto”, relembra. Além da compra de produtos oficiais, o ilustre torcedor colabora com o pagamento de dois títulos de sócio. Um para a reta do relógio, outro para as sociais, locais em que se alterna para assistir aos jogos na Vila Capanema.

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Chateado com a situação vivida pela equipe nos últimos anos, Thicolor se apega à esperança de que dias melhores sejam vividos pelo Paraná. Caso contrário, teme que seu maior medo se concretize: que o futuro filho não possa vivenciar a mesma paixão que o pai nutre pelo clube.

“Se eu não me esforçar e ajudar de todas as formas agora, pode ser que meu filho não tenha a possibilidade de torcer no futuro. Quero que ele tenha a possibilidade de sentir o que sinto”, diz.

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