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Tóquio-2020 fará teste com neve artificial para minimizar efeitos do calor

As altas temperaturas no Japão obrigaram o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 a fazer um evento-teste nesta sexta-feira para lidar com o calor e o foco desta vez serão os torcedores. Para minimizar o desconforto, haverá uma “chuva” de neve artificial para diminuir a sensação térmica do público.

O experimento será realizado nas provas de canoagem velocidade. “A neve artificial cairá nas arquibancadas dos espectadores que estarão expostos ao sol, já que o teto cobre apenas metade dos assento. Não está decidido que usaremos esse sistema no próximo ano para os Jogos, mas queríamos testá-lo e ver sua eficácia”, disse o Comitê Organizador da Olimpíada.

Para gerar essa neve artificial, são usados pequenos equipamentos que podem fazer até uma tonelada de neve por dia. A ideia é borrifar em cima dos atletas e competidores para diminuir o calor e evita maiores problemas em decorrência disso – desde o final de julho, mais de 57 pessoas morreram e mais de 1.800 foram hospitalizadas por causa das altas temperaturas.

Os Jogos de Tóquio serão realizados de 24 de julho a 9 de agosto de 2020. A Paralimpíada vem um pouco depois, entre 25 de agosto e 6 de setembro. Na capital japonesa, os termômetros têm registrado mais de 35°C com frequência, com umidade relativa do ar acima de 80%, o que aumenta a sensação térmica.

Ciente disso, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) tem enviado profissionais frequentemente para o Japão a fim de planejar a melhor estrutura possível para os atletas nacionais que estarão na competição no próximo ano. Recentemente, antes do Mundial de Judô, os brasileiros treinaram em um tatame que ao redor possuía alguns ventiladores para refrescar o ambiente.

“O COB está enviando atletas para o Japão ao longo dos últimos dois anos e estivemos lá agora, no mesmo período em que serão os Jogos do ano que vem. O clima é realmente muito quente e úmido. Então, foi importante para termos um cenário do que vamos encontrar”, explicou Sebastian Pereira, gerente executivo de Alto Rendimento do COB.

“Já começamos a conversar com o nosso pessoal do Laboratório Olímpico para desenhar o que seria mais vantajoso para cada modalidade. Estamos estudando de acordo com cada uma delas o plano de aclimatação. A melhor estratégia que estamos adotando é a aclimatação com 12 dias de antecedência para grande maioria das modalidades, para que possam se acostumar ao clima e fuso horário”, continuou.

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