Tira-teima de campeão e vice na Baixada

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Eles já se encontraram na Copa dos Campeões deste ano, mas a final do Campeonato Brasileiro do ano passado ainda não se apagou da memória. Tanto Atlético quanto São Caetano entram em campo hoje revivendo a campanha do ano passado e apostando numa arrancada rumo ao topo da classificação. Assim como em 2001, quando os dois times chegaram nas duas primeiras colocações. Desde lá, muita coisa mudou na vida dos dois clubes, menos o lugar reservado entre os melhores do país.

O título projetou ainda mais o Rubro-Negro no Brasil e no exterior. Se antes o Furacão era conhecido pela sua organização e estrutura, o primeiro lugar do torneio nacional sacramentou a ascensão atleticana e o colocou entre os maiores clubes nacionais. O mesmo valeu para o Azulão que, mesmo carregando a fama de ser apenas vice, não mudou seu projeto e continuou colhendo frutos (vide a inédita final da Copa Libertadores da América).

No entanto, ao adentrarem no gramado da Arena hoje (a partida está programada para às 16 horas), os clubes mostrarão o segredo de tanto sucesso. Em nove meses, a base dos elencos de Atlético e São Caetano está mantida. No campeão brasileiro, dos 16 atletas que estiveram em campo nas duas partidas finais, apenas quatro saíram do clube. Dos 12 que permaneceram, seis serão os titulares e os outros estarão na reserva ou se recuperando de contusões. Uma série de reforços que Furacão deverá ganhar ao longo da competição. O mesmo vale para o time do ABC paulista, que ainda por cima, trouxe de volta jogadores testados e aprovados como Claudecir, Magrão e Adhemar.

As grandes novidades das duas equipes estará mesmo no banco de reservas. Saem Geninho e Jair Picerni e entram Valdyr Espinosa e Mário Sérgio no Rubro-Negro e no Azulão, respectivamente. Os dois prometem um duelo tático à parte, já que são dois dos maiores estudiosos em ação atualmente.

“O jogo deve ser muito disputado e ao mesmo tempo muito bonito de ser assistido. Tanto o Atlético quanto o São Caetano estão entre os oito principais clubes da competição. As duas equipes vão entrar em campo para buscar se manter nessa posição. Eu espero que o Atlético consiga a vitória”, torce Espinosa.

Rodrigo Sell

Preto substitui Cocito

Para enfrentar o São Caetano, o técnico Valdyr Espinosa não poderá contar com o volante Cocito. O jogador levou um pisão no pé direito na partida contra o Fluminense, fez tratamento na quinta-feira e deveria ter treinado ontem, mas acabou não trabalhando com o grupo e foi cortado dos relacionados para o jogo de hoje. “O Cocito vinha bem e tem por característica a força do passe e da liderança do time”, analisa o treinador. No lugar do volante, o treinador já confirmou a entrada de Preto.

“Problema posto, problema resolvido. O Preto é um jogador experiente e forte nas jogadas de cobrança de falta”, aponta. Nas demais posições, o time será o mesmo que enfrentou São Paulo e Fluminense. No final da tarde de ontem, o departamento médico do clube revelou que Cocito melhorou bastante da contusão e poderia até ficar à disposição, mas é pouco provável que o treinador mude a escalação momentos antes do início da partida.

A maior preocupação no clube continua sendo os cartões amarelos. Nove jogadores estão pendurados com duas advertências (Rogério Correia, Ígor, Fabiano, Cocito, Douglas Silva, Kléberson, Adriano, Dagoberto e Alan). “Vamos entrar em campo contra o São Caetano como entramos contra o Fluminense: de cabeça tranqüila. Se for para ganhar cartão não adianta falar com o juiz porque já vai estar marcado. Temos que ter tranqüilidade e fazer o máximo para o Atlético sair de campo vencedor”, analisa o volante Douglas Silva. (RS)

“Sangue Azul” quer avaga de Flávio no gol

O goleiro Adriano Basso, do Atlético, está cada vez mais próximo de se tornar titular absoluto da camisa 1. Após a contusão do titular Flávio, o jogador agarrou a chance com muita vontade e vem demonstrando que está à altura do Pantera. Hoje, ele ainda é o titular, mas para a partida contra o Goiás deixará uma “dor-de-cabeça” para o preparador de goleiros Ricardo Pinto e o técnico Valdyr Espinosa, que terão que decidir quem será o titular. No treino de ontem, ele explicou à Tribuna porque é chamado de “Sangue Azul” pela imprensa paulista.

Tribuna – Como está sendo essa seqüência de jogos para você?

Adriano Basso – É importante, eu estou mantendo uma regularidade e agora é dar seqüência no trabalho para a gente encostar nos times que estão mais à frente na classificação.

Tribuna – E como vai ser essa disputa com o Flávio?

Adriano Basso – É uma disputa saudável e o importante é que quem vence com isso é o Atlético e a gente está trabalhando em prol do clube. Graças a Deus, eu tenho conseguido ajudar o Atlético a vencer.

Tribuna – Você acha que agora o time pode retomar aquele nível do início do campeonato?

Adriano Basso – Com certeza. Momentos difíceis a gente passa na nossa carreira e nós passamos isso alguns dias atrás. Agora, estamos retomando e encontrando o futebol que vínhamos apresentando.

Tribuna – E o “Sangue Azul”?

Adriano Basso – Eu não entendi o porquê, mas deve ser por causa da vontade de vencer, da raça e da determinação. Deve ser isso.

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