Thiago Pereira busca adaptação nos EUA

Belo Horizonte – O nadador Thiago Pereira, 19 anos, acha que não terá dificuldades para se adaptar ao novo ambiente dos Estados Unidos. Está aprendendo inglês – terá de fazer testes e passar – para entrar, estudar e nadar numa universidade americana no segundo semestre ou em janeiro de 2006. Até lá treina no clube Coral Springs, na cidade de mesmo nome, na Flórida.

Hoje, no Minas Tênis Clube, que continua a representar no Brasil, Thiago nada a final dos 400m medley num programa de provas que começa às 9h30, pela Superfinal da Copa do Mundo de Natação de Piscina Curta (25 metros). À tarde, a partir das 17h30, disputa as eliminatórias dos 200 m medley.

Thiago, de 77 quilos e 1,85 m, recordista sul-americano dos 100 m, 200 m e 400 m medley em piscina curta, campeão mundial dos 200m medley e quinto colocado na final da distância nos Jogos de Atenas (em piscina olímpica) no ano passado, mudou para Coral Springs em 20 de janeiro de 2005.

Hoje, em Belo Horizonte, contou que passou 15 dias na casa nova – está dividindo com as também nadadoras brasileiras Nayara Ribeiro e Rebecca Gusmão -, viajou para Nova York para a disputa da penúltima etapa da Copa do Mundo (ganhou os 200m e 400m Medley) e voltou ao Brasil, para nadar a última etapa do circuito da Copa em Belo Horizonte (MG).

Doce lar

"Ainda estamos meio sem nada na casa, não tem TV a cabo, o aparelho está no chão e ninguém cozinha. O almoço é num restaurante e o jantar um congelado esquentado no microondas", afirma Thiago, dizendo que está contente com a infra-estrutura do clube e se adaptando ao treino do novo técnico Michael Lohberg. "Meu plano é ficar em Coral de seis meses a um ano até aprender inglês para fazer as provas", disse, observando que pretende visitar as cinco universidades – duas na Califórnia, mais Michigan, Alburn e Flórida – que poderá freqüentar, antes de escolher uma. Quer cursar administração.

Thiago disse "já ouvi falar" quando questionado sobre a polêmica que envolveu o técnico Lohberg nos Jogos de Sydney, em 2000. Ele deu uma declaração de que "sem drogas não há medalhas". "Não sabia", respondeu. "Mas não concordo com resultados obtidos com a ajuda de doping."

Voltar ao topo