Testamento de Pinochet não detalha bens, apenas define sua divisão

O testamento original de Augusto Pinochet, aberto nesta quarta-feira em um tribunal de Santiago durante a investigação sobre o enriquecimento do ex-ditador chileno (1973-1990), não detalha seus bens, apenas define a divisão de seu legado entre os herdeiros.

A investigação judicial, na qual o Conselho de Defesa é parte querelante, determinou que a fortuna de Pinochet, falecido em 10 de dezembro de 2006, supera os US$ 26 milhões, dos quais somente US$ 2 milhões possuem justificativa contábil.

“No testamento, os bens não são detalhados. Somente é informada a porcentagem que cada pessoa recebe”, declarou aos jornalistas o tabelião Humberto Quezada, que participou da abertura do documento, de duas páginas, assinado em 3 de setembro de 2000.

De acordo com a lei chilena, 50% dos bens são destinados aos herdeiros forçosos, outros 25% são adicionados à parcela de um dos beneficiados da primeira metade e, os 25% restantes, a quem o autor do testamento desejar.

Ao fim do processo, a viúva de Pinochet deve receber 62,5% do total da herança, enquanto sus cinco filhos recebem, em conjunto, 25% e os netos e bisnetos do ex-ditador, os outros 12,5%.

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