O diretor-presidente da Vicar (empresa organizadora da Stock Car), Carlos Col, está de parabéns. Mesmo criticado pelos problemas no novo carro da categoria, ele foi sensato durante as duas semanas que separaram a etapa de abertura, em São Paulo, e a do último domingo, em Curitiba.

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Foram 14 “longos dias” de críticas ao novo modelo da Copa Nextel Stock Car. Em vez de buscar desculpas, Col trabalhou incansavelmente para sanar os problemas.

O modelo JL-G09, desenvolvido pela empresa JL, do ex-piloto Zeca Giaffone, apresentou falhas na etapa disputada em Interlagos (SP). Incêndio no carro de Cacá Bueno (Red Bull Racing), queimaduras nos pés de alguns pilotos, devido ao calor excessivo nos cockpits, e capôs voando durante a prova. Enfim, problemas inerentes a projetos em desenvolvimento.

Logo após o anúncio da aposentadoria do antigo chassi a crise econômica mundial pegou todos de surpresa. Com o novo carro já sendo construído, não tinha mais volta. Felipe Giaffone fez vários testes com o JL-G09, mas a prova de fogo foi a etapa de estréia, com os 32 carros em ação. E aí surgiram os “pênaltis”.

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Aliás, o grid completo da Stock mostra a força da categoria, que continua com patrocinadores fortes envolvidos e, o principal, corridas emocionantes e atrativas para o público.

Não há como negar que o volume de empresas envolvidas diminuiu e a dificuldade de conseguir patrocínios aumentou, já que diversas multinacionais diminuíram sua verba de marketing. Mas a Stock continua forte e isso foi mostrado em Curitiba no domingo de Páscoa.

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A corrida disputada no último domingo, em Pinhais, teve um piloto que destoou: Valdeno Brito, que, com um carro preparado pelos competentes Rosinei Campos, o “Meinha”, e André Bragantini, deu um passeio e venceu de ponta-a-ponta.

Mas, no geral, a etapa foi bastante disputada. Várias trocas de posições, além de uma boa disputa pelo segundo lugar nas voltas finais entre Cacá Bueno e Thiago Camilo (Ipiranga Racing), que antes já havia protagonizado boas disputas com Antônio Pizzonia (Amir Nasr Racing).

Problemas pontuais em alguns carros merecem atenção, como as rodas dos carros da equipe AMG, que se soltaram várias vezes durante o fim de semana, e as falhas na caixa de direção de alguns carros. Mas, no geral, a Stock Car está no caminho certo e com um carro totalmente desenvolvido no Brasil pelo engenheiro Gustavo Lehto.

Além dele e de Carlos Col, a JL, os pilotos e as equipes estão de parabéns. E como bem diz aquela música do Grupo Fundo de Quintal: “O show tem que continuar”.

Para o bem de todos os envolvidos e que tiram seu sustento da Stock Car – que nos últimos 30 anos tem sido a principal categoria do automobilismo nacional. A próxima etapa da Copa Nextel será no dia 3 de maio, no veloz anel externo do Autódromo Nelson Piquet, em Brasília.