Técnico palmeirense pede agilidade para a diretoria

São Paulo – Jair Picerni bem que tenta despistar, mas está temeroso com a possibilidade de perder dois titulares e um reserva na reta final da Série B por causa da convocação da seleção sub-20 para o Mundial dos Emirados Árabes Unidos. “Não tem essa de seleção. Só estou pensando no Sport.”

Em seguida, porém, Picerni admitiu que, se a diretoria do clube não se mexer, a situação do time pode se complicar. Com a experiência de quem já comandou seleção olímpica – nos Jogos de 1984 -, o treinador sabe como funciona a CBF. Por isso, alerta que é preciso definir com antecedência a situação de Vagner, Diego Souza e Glauber, se forem mesmo convocados. “Não adianta negociar depois que sai a convocação porque aí é difícil liberar”, avisou o treinador.

Os jogadores e seus respectivos empresários preferem não se intrometer no assunto e deixar a negociação por conta do presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi, e da CBF, Ricardo Teixeira. Eles entendem que tanto a final da Série B como o mundial são interessantes para divulgar a carreira e valorizar o passe. O diretor de Futebol do Palmeiras, Mário Giannini, não quis dar entrevista ontem, mas em ocasião anterior declarou que o clube não iria se manifestar até que a lista dos convocados fosse divulgada. Pois é exatamente essa a atitude que Picerni não recomenda.

Enquanto isso, prepara o time para o jogo contra o Sport, amanhã, no Palestra Itália, prevendo a necessidade de adaptações no meio-de-campo com a provável substituição do suspenso Diego Souza por Adãozinho. “Vamos ter de fazer algumas mudanças porque o Adão é destro e o Diego, canhoto”, observou Picerni. Adãozinho, no entanto, não teme dificuldades. “Joguei de segundo volante um bom tempo com o Picerni e é a posição em que tenho mais facilidade.”

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