Problema de cada um

Técnico do Furacão não quer saber dos outros times

Enquanto o país inteiro discute se o Atlético vai ou não “se esforçar” na partida de domingo, às 17h, contra o Palmeiras, no Allianz Parque, os jogadores do Furacão treinam normalmente no CT do Caju. Alheios à polêmica eles não estão. Pelo contrário, eles sabem que as atenções estarão voltadas para a última partida atleticana no Campeonato Brasileiro. E as suspeitas – que partem principalmente da imprensa paulista e de Bahia e Vitória – irritam especialmente o técnico Claudinei Oliveira, que não quer saber dos problemas dos outros times.

Perguntado na entrevista coletiva aos detentores de direitos de transmissão do Brasileirão, o técnico rubro-negro foi enfático na defesa do elenco. “Vamos buscar uma equipe competitiva. Não estamos preocupados nem com o bem, nem com mal de um clube ou outro, nem com mala branca. Se estão pensando em mandar mala branca, já aviso, nem mandem, não queremos e não aceitamos. Nem Vitória, nem Bahia, nem venham falar de mala branca. O Atlético Paranaense não precisa disso, a história do clube mostra que não precisa disso aí”, disse Claudinei ao GloboEsporte.com.

Para o treinador, não adianta falar sobre “entrega” ou “mala branca” nesta rodada se o campeonato é feito de 38 jogos para cada equipe. “É melhor o clube pegar o dinheiro e investir na sua equipe para não precisar, na última rodada, de dar mala branca. Você vê clubes com salários atrasados, aí chega na última rodada e aparece dinheiro para incentivar outra equipe para ganhar do seu concorrente. Se tivesse administrado melhor o dinheiro, não tivesse deixado atrasar salários e bichos, talvez não estaria nessa situação”, comentou.
A posição contundente de Claudinei Oliveira foi, a rigor, a primeira de um profissional do Atlético durante toda a semana. A polêmica entre Furacão e Vitória, informada pelo Paraná Online na terça-feira, tomou conta do noticiário nacional. Por conta da relação conflituosa entre os clubes, o bafafá aumentou e os baianos demonstraram preocupação. “Isso é uma situação que foge do futebol. Esperamos uma evolução em todos os sentidos e declarações atrasam esse processo. Sabemos da responsabilidade que teremos. Espero e tenho em mim que os jogadores do Atlético que entrarem em campo vão dar seu melhor”, comentou o zagueiro Titi, do Bahia – que depende de uma vitória do Furacão, além de contar também que o principal rival, o Vitória consiga apenas um empate, para a permanência na Série A.