O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou indícios de sobrepreço nas obras de construção do laboratório que vai fazer as análises antidoping nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. No dossiê de candidatura da cidade, entregue ao Comitê Olímpico Internacional (COI) em 2009, a construção do novo Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec) da Universidade Federal do Rio (UFRJ) tinha custo estimado em R$ 29,6 milhões. Agora, sairá por R$ 85,2 milhões.

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De acordo com o relatório do TCU, parte dessa elevação do preço pode estar relacionada a mudanças na “concepção original” do projeto, mas “a excessiva variação evidencia a falha de planejamento”, escreveu o relator, ministro Raimundo Carneiro. O tribunal analisou a etapa em execução da construção (a segunda das três previstas), orçada em R$ 15 milhões e realizada pela Galcon Construções e Participações Ltda.. Nesta fase, estão previstas as obras de fundações, estrutura e alvenaria.

 

Outro problema apontado pelo relatório do TCU é que, pelo contrato, a obra deveria estar sendo realizada em três turnos, e não dois, como tem sido, “o que gera risco do empreendimento não estar concluído no prazo”. Mas o relator fez a ressalva: “Apesar dos riscos de atraso, notou-se que a contratada conseguiu cumprir as etapas previstas no cronograma físico no primeiro mês de execução”.

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Os valores na planilha orçamentária, segundo o TCU, foram subestimados, e isso poderia resultar em aditivos contratuais, o que elevaria ainda mais o custo.

ATRASO – O TCU também verificou “atrasos injustificáveis” nas obras para construção do complexo esportivo de Deodoro, na zona oeste do Rio, que vai receber a disputa de sete modalidades nos Jogos de 2016. Segundo o tribunal, “em alguns casos, as obras terão conclusão posterior à realização dos eventos-teste previstos pelo COI”.

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