Tcheco deve ficar no Coritiba

O Coritiba encerra o ano sem saber qual será o destino de seu principal jogador no campeonato brasileiro. O meio-campista Tcheco não teve seu futuro definido, mas a expectativa da diretoria alviverde é que ele se apresente no dia 2 e dispute a temporada 2003 no Alto da Glória. A simples ausência de outras propostas facilita a vida coxa.

O prazo pedido pelo Malutrom, que detém 50% dos direitos esportivos do jogador (a outra metade é do próprio Tcheco), terminou ontem, sem que o clube de São José dos Pinhais tenha passado uma posição oficial. Os principais diretores do clube estão em férias, e a diretoria coxa tentou contatos sem sucesso.

Mas o procurador Ruy Gel deixou claro que Tcheco está muito próximo de um acerto com o Cori. “Resta apenas o último aceite do Malutrom. O acerto financeiro entre o clube e o jogador já aconteceu há dez dias”, explica. Segundo Gel, não houve nenhuma proposta de compra do passe do meio-campista – apenas as já conhecidas ofertas de Cruzeiro, Internacional e Ponte Preta.

Como nenhuma delas envolve compra (somente empréstimo), o Coritiba leva vantagem. “Já ficou claro que o Tcheco quer ficar no Coritiba. Ele vive aqui, gosta do clube e quer dar continuidade ao que ele conseguiu em 2002”, explica Ruy Gel. A única possibilidade de Tcheco não ficar no Alto da Glória seria uma venda para uma equipe do exterior, mas as propostas do Troyes e de clubes da Suécia e da Rússia ficaram pelo caminho. “Não surgiu nada de concreto”, confirma o procurador.

Com esse clima favorável, o Cori aguarda apenas a última palavra do Malutrom. “Estamos muito confiantes, até porque a vontade do clube em manter o jogador é muito grande”, comenta o secretário coxa Domingos Moro. Seria o presente ideal para o início de 2003.

Coritiba fecha ano com fraco aproveitamento

 

No futebol, 2002 acabou cedo para o Coritiba – exatamente no dia 17 de novembro, quando foi goleado pelo rebaixado Gama e eliminado do campeonato brasileiro. Dessa forma, e graças às mudanças no calendário promovidas este ano, o clube fez um número de partidas muito menor que em 2001. Mas a maior participação em decisões também faz diferença – e isso fica claro na comparação entre a participação alviverde na Copa do Brasil.

Ano passado (quando o Coxa fez 73 partidas), o Coritiba foi o terceiro colocado na competição, tendo eliminado Desportiva, Nacional, Flamengo e Goiás, e perdendo a vaga na decisão para o Grêmio. Mas, com essa campanha, o Cori fez 12 jogos, enquanto este ano fez apenas dois. A participação alviverde na Copa dos Campeões também faz diferença – são quatro partidas a mais. Para completar, o campeonato paranaense de 2001 teve muito mais partidas, e o brasileiro teve dois times a mais.

Com isso, o Coritiba disputou no total 49 partidas em 2002 – somando-se os três amistosos contra Internacional, Olímpia (em Assunção) e Avaí. O retrospecto é o seguinte: 18 vitórias, 11 empates e 20 derrotas, tendo marcado 69 gols e sofrido 75. O aproveitamento em pontos (65 pontos em 147 possíveis) é de fracos 43,62%. O artilheiro foi Liédson (hoje na corda-bamba entre Corinthians e Flamengo), que marcou 16 gols.

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