Foi só um teste – e era esta a nomenclatura do dia do Campeonato Mundial de Turismo da FIA (WTCC) no Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais. Mas mesmo os rivais apontam os carros da Seat como os favoritos para o treino classificatório de hoje, a partir das 16h, treino que define o grid de largada para a primeira prova de amanhã, marcada para as 13h (a segunda começa às 16h). Ontem, deu Gabriele Tarquini como o mais rápido.
O piloto italiano da equipe espanhola, um dos mais experientes da categoria (chegou a correr na Fórmula 1), fechou os testes com o tempo de 1min25s497, apenas meio décimo à frente do curitibano Augusto Farfus, o único brasileiro da categoria, que teve a melhor volta em 1min25s554. Depois dele, vieram os outros dois pilotos da BMW, o alemão Jörg Müller – apenas um milésimo mais lento – e o inglês Andy Priaulx.
Olhando a tábua de classificação, parece que a BMW conseguiu se aproximar da Seat, que ano passado “atropelou” os adversários. Mas nem mesmo a equipe alemã acredita nisso.
“É treino livre, não dá para ter uma certeza. As equipes acabam escondendo o jogo, e a gente sabe que a Seat não usa toda a força deles nas sessões livres, guarda para a classificação”, explicou Augusto Farfus.
O piloto paranaense tem os tempos de ontem a corroborar sua tese. Apesar dos carros da BMW ficarem próximos de Tarquini, eles ficaram, na verdade, “ensanduichados” pela Seat – o campeão Yvan Muller, Rickard Rydell, Tiago Monteiro e Jordi Genè vieram logo atrás.
Em contrapartida, a turma da Seat garante que não há tanta diferença. “Nós só dominamos o ano passado em Curitiba porque eles (BMW) tiveram problemas. Foi nas falhas deles que nosso time sobressaiu”, disse o português Tiago Monteiro, outro piloto do WTCC com experiência na Fórmula 1.
Para o treino, Farfus acredita em bom papel dele e da equipe. “Nós estamos competitivos, e temos condição de fazer uma boa classificação. Já tivemos um bom dia hoje (ontem), e espero que as coisas sejam ainda melhores”, finalizou.