O Atlético já está definido para enfrentar o Bragantino amanhã, e com todas as informações sobre o adversário na ponta da língua. Só que hoje à noite a equipe vai dar um tempo para “secar” o São Caetano – concorrente direto na briga pelo G4 – e torcer pelo Paraná Clube. Com as tabelas “cruzadas”, em que tanto rubro-negros quanto tricolores enfrentam adversários que interessam um ao outro, o Furacão quer que o rival local lhe faça rir para também fazer rir a turma da Vila Capanema. Nas próximas 12 rodadas, o Tricolor ainda vai encarar quatro concorrentes diretos do Furacão (São Caetano, Criciúma, Vitória e Ceará). Já o Rubro-Negro também terá pela frente quatro clubes que estão na briga com o Paraná para escapar da ZR (Bragantino, Guaratinguetá, ABC e ASA).
Nesta temporada, aliás, Atlético e Paraná Clube têm vivido entre a simbiose e a aversão. No Campeonato Paranaense, na Copa do Brasil e no começo da Série B, o Atlético utilizou a Vila Capanema por 13 vezes. Porém, mal a Segundona esquentou, a rivalidade falou mais alto e a parceria foi por água abaixo. O Paraná pediu valores mais altos para seguir alugando o estádio e o Furacão não se dispôs a pôr a mão no bolso. O fim do acordo virou confusão, envolvendo troca de notas oficiais, muita polêmica e discussão.
Após acalmarem os ânimos, as diretorias retomaram as conversas para que o Rubro-Negro pudesse usar a Vila Olímpica como casa provisória. Ainda que não tenham chegado a um acordo, os dois clubes hoje não se ostilizam mais. A ponto de os rubro-negros confessarem estar torcendo pelo Paraná hoje. “Estou sim torcedo pelo Paraná e tenho até um pouquinho da torcida por eles no meu sangue. Fui lateral-direito no Britânia, na década de 1960, que depois acabou virando Colorado na fusão com o Ferroviário, que depois virou Paraná”, lembra o diretor de futebol do Atlético, João Alfredo Costa Filho.