Suspeita de favorecimento derruba árbitra

Nova Iorque (AG) – A árbitra brasileira Márcia Aversani Lourenço foi expulsa do Mundial de Ginástica Rítmica Desportiva (GRD), encerrado domingo em Nova Orleans (EUA), sob a acusação de ter favorecido o Brasil com suas notas. Outros três juízes foram expulsos pelo mesmo motivo em relação a seus países de origem na avaliação do desempenho das atletas, segundo comunicado da Federação Internacional de Ginástica (FIG). A nota afirma ainda que existiram erros graves na avaliação. “Eles (os juízes) elevaram as notas dos próprios países”, disse o porta-voz Philippe Silacci.

Também foram expulsos da competição, antes das finais, Larissa Lukianenko, da Bielorrússia; Shin-Ja Choi, da Coréia do Sul; e Efi Pantazidou, da Grécia.

Márcia e seus colegas não poderão tomar parte de competições da FIG. Ela havia sido escolhida entre as melhores do mundo, segundo regras recentemente introduzidas pela FIG, e fazia parte de um grupo de 56 árbitros. Segundo a entidade, com exceção desses casos, os juízes fizeram um trabalho excelente.

Participaram do Mundial 20 países, entre os quais o Brasil. A Rússia levou o ouro; a Bielorrúsia, a prata; e a Grécia, o bronze. O Brasil ficou em oitavo.

Reação

Eliane Martins, diretora técnica da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), informou que a entidade e a árbitra Márcia irão recorrer, da punição, ao Comitê Executivo da FIG. O Comitê vai se reunir em novembro. “A presidente da CBG, Vicélia Florenzano, chega hoje, e dará início ao recurso. Por telefone, ela me assegurou que Márcia não elevou as notas do Brasil. A FIG quer mostrar serviço”, rebateu Eliane.

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