Surfistas terão que se submeter a exame antidoping

Um dos poucos esportes profissionalizados onde os atletas de elite ainda não são submetidos a testes para detectar substâncias que, de uma forma ou de outra, podem aumentar o rendimento do atleta, o surfe mudará tendência histórica e a Associação de Surfistas Profissional (ASP) passará a adotar a prática de exames antidoping a partir desta temporada.

A decisão é motivada pela morte do surfista americano Andy Irons, em novembro de 2010. Os legistas determinaram como causa de morte do tricampeão mundial do WCT a ingestão de várias drogas mistas, já que foram encontrados traços de substâncias como metadona, metanfetamina e cocaína em sua corrente sanguínea.

Segundo o porta-voz da ASP – responsável por organizar os principais torneios internacionais da modalidade – Dave Prodan, a medida mostra a evolução do surfe e conta com total apoio dos atletas, que desejam ser vistos de forma “mais profissional”.

Na história da modalidade, o único surfista suspenso por doping foi o brasileiro Neco Padaratz, em 2005, após uma etapa em Hossegor, na França, pelo uso de anabolizantes – o atleta alegou o uso de suplementos alimentares. Porém, o exame só foi solicitado porque o país europeu tem políticas muito rígidas sobre o controle de dopagem, aplicadas nesta etapa.

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