O sonho do Atlético, de chegar ao G4 da Série B ainda no 1.º turno, começa a ir por água a baixo. O time saiu de Curitiba com planos de conquistar 6 pontos, nos dois jogos seguidos fora de casa, mas se complicou já no primeiro confronto. Sábado, perdeu por 2 x 1, de virada, para o Guarani, e permaneceu estagnado na classificação – ocupa a 9.ª posição, com 17 pontos, e sem chance de evoluir na próxima rodada. Mesmo que vença o Guaratinguetá, amanhã, não sairá do lugar, pois o Paraná, o 8.º colocado, está 4 pontos à frente.
A 8 pontos da zona de classificação, o Rubro-Negro precisará de uma forte reação nas seis rodadas que faltam para o fim do primeiro turno, se não quiser se descolar de vez do G4. Seu aproveitamento de pontos, que hoje é de apenas 44%, teria de se aproximar da casa dos 70%, algo difícil para um time que venceu apenas 5 vezes até agora.
Para ter alguma chance, o Furacão terá que melhorar o futebol apresentado na derrota para o Guarani. Diante de um adversário tecnicamente fraco, os comandados do técnico Jorginho mostraram os mesmos defeitos dos jogos anteriores. “Tomamos o segundo gol de forma infantil, uma bobeira apenas nossa. Nós sabemos que não podemos errar, mas acabou acontecendo”, disse o técnico Jorginho, comentando o gol da vitória do Guarani, marcado por Renato Ribeiro, aos 38 minutos do segundo tempo.
A derrota também causou indignação no goleiro Weverton, que colocou o “dedo na ferida”. Ele cobrou mais empenho dos companheiros e disse que os adversários estão perdendo o respeito pelo Furacão. “O time tem que ter espírito de Segunda Divisão. Se precisar arrastar a cara no chão, tem que arrastar, dar uma cabeçada no adversário tem que dar. Tem que ter algo mais”, comentou.
Para o goleiro, o time atleticano não está fazendo jus à grandeza do clube. Descaso que dividiu a torcida que foi a Campinas. Os organizados brigaram entre eles e foram expulsos do Brinco de Ouro pela PM de São Paulo.