Sobe-e-desce do Atlético está virando trauma

Uma excelente apresentação diante do Juventude e, logo após, o time não joga nada diante do Paraná Clube. Já tinha acontecido antes contra o Flamengo, quando a expectativa era de que o Atlético deslanchasse no campeonato brasileiro. Altos e baixos que já estão se tornando rotina na vida do Rubro-Negro, não é desejado, mas ninguém no clube sabe explicar. A solução, para os jogadores, é trabalhar mais e torcer para não ter que encarar mais um gramado como o do Pinheirão pela frente.

Segundo o goleiro Diego, as dificuldades que o Furacão têm enfrentado são inerentes da competição. “É difícil, num campeonato tão nivelado quanto o brasileiro, vencer todos os jogos, conseguir uma seqüência muito grande de vitórias. A nossa equipe tem conseguido uma boa seqüência de vitórias e claro que nós não vamos jogar bem todas as partidas”, analisa o arqueiro.

Ele reconhece que o time não foi bem na quarta-feira. “Temos que saber o porque que nós não jogamos e, com certeza, o Levir (Culpi, técnico) irá conversar com todos os atletas”, diz. Para o atacante Ilan, a partida contra o Tricolor foi atípica. “A gente sabia que um clássico se decide nos detalhes e foi decidido dessa maneira”, aponta. O artilheiro diz que as bolas aéreas eram a única possibilidade de jogar no Pinheirão e o time foi traído justamente aí. “Os dois times não estavam conseguindo jogar, pelo estado do gramado, então, a bola aérea era a melhor forma de encontrar o gol”, destaca.

Como não dá mais para voltar atrás e os três pontos já estão perdidos, a meta agora é pensar no Palmeiras, às 18 horas de amanhã, na Arena. “É totalmente diferente a partida, a gente sabe que é um time grande e vem para jogar também, não vem só fechado. O campo é muito melhor e não vai ter só bola aérea”, afirma Ilan. O volante Bruno Lança acrescenta que a determinação também tem que ser maior. “Temos que mostrar raça, temos que se impor mais durante o jogo, ainda mais que estamos jogando dentro de casa, e buscar a vitória do começo ao final”, ressalta.

Para que o time volte a jogar bem, Ilan receita a correção dos erros cometidos diante do rival da Avenida Engenheiro Rebouças. “Temos que nos posicionar melhor, ter um pouco mais de atenção, mas é como eu disse, é totalmente diferente um jogo na Arena do que no Pinheirão”, finaliza.

Washington agradece o Timão e diz que fica

Gisele Rech

O atacante Washington recebeu ontem proposta para se transferir para o Corinthians e como jogou apenas seis jogos pelo Atlético neste Brasileirão, não haveria impedimento legal para a negociação. Entretanto, a torcida atleticana pode ficar tranqüila. O artilheiro fica na Arena, pelo menos até o final do Brasileirão. “Estou muito bem no Atlético, tenho o carinho da torcida e muita gratidão pelo clube”, disse o jogador à Tribuna, ontem à noite.

No ano passado, após um ano sem jogar devido à recuperação de uma cirurgia cardíaca, o atacante foi desprezado por muitos, que davam sua carreira por encerrada. Apesar dos riscos, o departamento médico do Rubro-Negro aceitou recebê-lo e acompanhou todos os testes que deram a ele condições de voltar aos gramados. O retorno foi triunfal, no início deste ano, em uma partida contra seu ex-time Paraná. Ele marcou um dos três gols atleticanos e caiu nas graças da torcida rubro-negra. Em poucos jogos, já era ídolo.

Apesar de todo o trabalho realizado durante o estadual, Washington, supeendentemente, ficou de fora do primeiro jogo da grande final do Paranaense, entre Atlético e Coritiba. O incidente acabou contribuindo ainda mais para o desgaste do então treinador Mário Sérgio, que acabou demitido com a perda do título para o arquirrival.

Com a chegada de Levir Culpi para o comando técnico, Washington tornou-se a principal peça da equipe, tanto por questões técnicas como pelo espírito de liderança que tem sobre o grupo. “Talvez esteja passando o melhor momento da minha carreira e sinto que o Atlético ainda vai crescer muito no Brasileiro. Quero fazer parte disso”, garante o matador, que já tem 17 gols na temporada, o que dá a ele uma média de um gol por partida.

Clube pede que torcedor compre ingresso antes

Na partida do Atlético contra o Juventude, sábado passado, filas se formaram nas bilheterias da Arena na hora do jogo. Houve muita confusão para a compra do ingresso e definição do setor desejado pelos mais de oito mil torcedores, o que gerou muitas reclamações. Para evitar esses problemas, o clube espalha vários pontos de venda pela cidade e pede que os atleticanos antecipem a compra das entradas para Atlético x Palmeiras, amanhã, já que a expectativa é de casa cheia.

De acordo com Toni Casagrande, diretor de comunicação, na partida contra os gaúchos, foram vendidos apenas 300 bilhetes antecipadamente. Somente na hora da partida, apareceram 5,5 mil torcedores e a demora na escolha do setor pelo torcedor e a venda dos bilhetes se tornam mais demoradas. Contra o Palmeiras, já foram vendidos 1,5 mil, mas a maior parte dos torcedores deve deixar para comprar os ingressos apenas momentos antes da partida.

Os bilhetes podem ser adquiridos nas bilheterias da Arena; lojas Agroplantas e Sementes, Candeias e Prajá e nos quiosques do clube nos shoppings Curitiba e Total.

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