O Paraná Clube vive uma semana tensa e os jogadores sabem que a reação terá que ser imediata. Após três derrotas seguidas, apenas uma vitória sobre o Operário, domingo, em Ponta Grossa, devolverá tranquilidade e confiança ao grupo. O capitão Lúcio Flávio admite o momento delicado, mas acredita que se cada um ‘der um pouco mais’, o Tricolor pode dar a volta por cima fora de casa e voltar à área de classificação para a segunda fase do Campeonato Paranaense.

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‘Para um time que iniciou a temporada pensando em título, o momento é vergonhoso’, comentou Lúcio Flávio. Na visão do camisa 10, está faltando equilíbrio ao Paraná para traduzir volume de jogo e posse de bola em gols. ‘Não fizemos partidas tão ruins, em se tratando de início de temporada. Mas, os resultados são péssimos’. Lúcio Flávio lembra que diante de um calendário apertado, os números acabam afetando o desempenho daqueles atletas que estão chegando e procurando seu espaço no clube.

‘É nessas horas que a gente precisa conversar muito. É preciso acreditar no trabalho da comissão técnica. Só assim vamos superar esse momento de desconfiança’, resumiu Lúcio Flávio. O jogador fez questão de dissipar qualquer ‘nuvem’ que pudesse pairar sobre o seu relacionamento com o técnico Milton Mendes. Na última sexta-feira, ele deixou o campo aos 10 minutos do segundo tempo e ficou no banco com cara de ‘poucos amigos’. Uma reação, para ele, natural. ‘Não estava me sentindo bem no jogo. Saí chateado comigo mesmo’, declarou.

Lúcio Flávio não descarta a possibilidade de atuar ao lado de Fernando Gabriel, algo que só ocorreu duas vezes neste Paranaense. Milton Mendes, claramente, tem a opção por um time mais leve e veloz à frente. Por isso, vem sempre escalando o Tricolor com três atacantes (muitas vezes, com meias-atacantes posicionados como pontas). Lúcio Flávio e Fernando Gabriel só estiveram lado a lado no segundo tempo do jogo frente ao Cianorte e na reta final do clássico diante do Coritiba.

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‘Pelo respeito que você adquire ao longo dos anos é comum ocorrer uma marcação mais forte, individualizada, em muitos jogos. Outro jogador com as mesmas características poderia ajudar, mas isso acarretaria em uma mudança tática’, comentou. ‘O Fernando Gabriel está em ótima fase e pensa parecido. Se vai dar certo, só colocando em prática’. Para Lúcio Flávio, independente de estratégia de jogo ou escalação, o que o Paraná precisa é de uma mudança de atitude dos jogadores. ‘Todos precisam entender que o Paraná precisa de mais e não podemos mais adiar a reação. É vencer ou vencer’, concluiu o capitão paranista.