Só Higor faz índice, mas Duda depende de ranking para ir à Olimpíada

Mauro Vinicius da Silva, o Duda, fechou o período de classificação para os Jogos Olímpicos do Rio sem índice. Ele saltou 8,03 metros nesta sexta-feira para ganhar a prata no Troféu Brasil de Atletismo, em São Bernardo do Campo (SP), mas ficou distante da marca mínima exigida, que é 8,15m. Mas, como ele é o 23º do ranking mundial de 2016, pode conseguir vaga no Rio-2016 para completar a cota de 32 atletas por prova, determinada pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF). Já com descartes, ele está próximo ao 32º lugar em se considerando também os resultados a partir de 1º de maio de 2015.

Higor Silva Alves não tem essa preocupação. O garoto, de apenas 22 anos, venceu o Troféu Brasil com 8,19m e se garantiu em sua primeira Olimpíada. A marca é a melhor da carreira dele, acima inclusive do resultado de 8,18m que o fez ser o melhor juvenil do mundo em 2014. Agora entre os adultos, Higor ocupa o 13º lugar do ranking.

Outro resultado expressivo obtido em São Bernardo na tarde fria desta sexta-feira foi no heptatlo. Vanessa Chefer bateu o recorde brasileiro, com 2.188 pontos, ficando a apenas 12 pontos do mínimo necessário para se garantir na Olimpíada. Nos 800 metros, a prova final, ela completou com o tempo de 2min16s00. Precisava de exatamente um segundo a menos. Em 16º do ranking mundial, ela também deverá estar na Olimpíada para completar a cota de atletas na prova.

Jéssica Carolina dos Reis também bateu na trave, mas não deverá ir à Olimpíada. Ela alcançou 6,69m no salto em distância, ficando a apenas um centímetro do índice exigido. O resultado a deixa no 33º lugar no ranking apenas de 2016 e a tendência é que não sobre vaga para ela, uma vez que a IAAF vai levar em consideração os resultados obtidos a partir de maio de 2015.

Os outros índices olímpicos atingidos nesta sexta-feira foram ratificações de marcas já feitas antes. Eliane Martins venceu no salto em distância com 6,72m, igualando o que já havia feito há duas semanas, também em São Bernardo do Campo. Keila Costa, que também tem índice e irá à Olimpíada, ficou em terceiro.

Maila Machado, aos 35 anos, ganhou os 100m com barreiras com 13s00, exatamente o índice exigido – ela já tinha 12s99. Nos 400m, Geisa Coutinho fez o melhor resultado do País na temporada: 51s54, bem à frente do índice de 52s20.

No salto com vara, Thiago Braz garantiu a vitória com 5,70m, quando Augusto Dutra falhou nessa altura e resolveu arriscar. Tentou três vezes superar o sarrafo a 6,00m, para estabelecer novo recorde nacional, mas falhou em todas. Ele começou a temporada só no fim de semana passado e já tem 5,85m, em quarto no ranking mundial. Nas três competições que disputou em 2016, tentou os 6,00m, mostrando que está confiante para a Olimpíada. O melhor do ranking é o francês Renaud Lavillenie, com 5,95m.

Flávia Maria de Lima, classificada para o Rio-2016 nos 800m, terminou em segundo no Troféu Brasil, atrás de July Ferreira. Também Lutimar Paes e Thiago André, dos 1.500m, falharam em ser campeões brasileiros antes da Olimpíada. Foram superados por Carlos de Oliveira Santos. Os campeões não fizeram índice.

Darlan Romani não repetiu a marca de 20,64m que o colocou na Olimpíada, mas ganhou o Troféu Brasil no arremesso de peso, com 20,21m. No disco, Andressa de Morais foi mal, ficando só com a prata, atrás de Lidiane Cansian, numa prova fraca. A melhor marca foi 55,35m, a mais de cinco metros do índice que Andressa e Fernanda Martins já têm. Fernanda desistiu de competir.

Voltar ao topo