Simões quer manter o Coritiba focado

A forma como o Coritiba enfrentou e venceu o Marília no sábado é tudo o que o técnico René Simões quer para a seqüência do time nos 20 jogos que restam até o final do ano. ?Espírito de Série B?, resume o treinador. Com a última rodada do primeiro turno marcada para sábado, o comandante alviverde ajusta a equipe para entrar com tudo na arrancada final rumo à primeira divisão. A receita é atuar com agressividade no Couto Pereira e muita pegada quando sair de casa.

?Espero que a gente mantenha esse espírito. A segunda divisão é esse espírito que nós jogamos contra o Marília e isso não se consegue apertando um botão?, aponta René. Na visão do treinador do Coritiba, o time conseguiu atuar daquele jeito contra o Marília porque os jogadores se convenceram de que a Segundona exigia aquela aplicação. ?E, se esse espírito prevalecer em todos os outros jogos, a equipe tem grande chance de continuar subindo?, projeta o comandante.

Para tanto, René quer manter a agressividade em casa. ?Em casa, você coloca o DVD ou CD que você gosta e o adversário tem que dançar. Em casa, a gente tem sido de uma agressividade muito boa. Dentro de casa, você comanda?, analisa. Tudo porque o campeonato entra na reta final e perder pontos significa ficar para trás. ?O segundo turno vira uma eliminatória porque não tem jogo de volta. Agora, quando perde para um concorrente direto, não tem mais a volta e você se distancia?, avalia René.

Antes dos jogos de volta, o Alviverde tem o Santa Cruz, às 16h de sábado, no Couto Pereira. Hoje, o técnico comanda o treinamento que deverá definir a equipe para pegar os pernambucanos. Sem poder contar com Ânderson Lima, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, René irá definir se coloca mais um zagueiro na equipe ou aposta em Rodrigo Mancha para compor a linha defensiva. Ele também define se o atacante Henrique Dias volta a ser titular.

Se o Coxa conseguir a vitória contra o tricolor do Recife, chega à mesma campanha do ano passado, nos primeiros 19 jogos. No entanto, ao contrário de 2006, o time não tem mais chance de iniciar o segundo turno como ?campeão de inverno?.

Coxa quer licenciar fabricantes das camisas retrô

www.toffs.com
Site inglês oferece uma camisa usada pelo Coritiba na década de 60.

A moda mundial das camisas retrô chegou ao Coritiba, mas por vias tortas. Enquanto o clube tenta regularizar e licenciar fabricantes para lançar novas peças com o visual antigo, piratas brasileiros e até ingleses fabricam modelos e colocam para vender na internet. ?O que a gente vem procurando fazer é conversar com esses pequenos fabricantes, pedir para suspenderem as vendas e negociar o pagamento pelos direitos das camisas que foram vendidas?, revela Osvaldo Dietrich, gerente de marketing do Alviverde.

De acordo com ele, a moda retrô virou uma febre e o clube tem recebido várias propostas para o lançamento de camisas na forma como eram há décadas passadas. ?Uma das interessadas é a Liga Retrô, que mandou um material para a gente avaliar. A qualidade é boa, agrega valor histórico e é a mais organizada?, informa Dietrich. No entanto, nenhum acordo foi fechado ainda para qualquer lançamento. ?O clube gostaria de fazer as camisas por alguma marca curitibana?, avisa.

Até o momento, a camisa mais desejada pelos torcedores tem sido a do título brasileiro de 1985. ?Alguns piratas chegam a colocar a marca da Adidas e o patrocínio da Britânia, fazendo uma dupla pirataria (sem o licenciamento do clube e da marca alemã)?, aponta o dirigente coxa. Segundo ele, as vendas acontecem em pequena escala através do Orkut, o que dificulta a ação do clube em busca dos direitos. A Diadora, fornecedora atual, não tem interesse em entrar na onda.

Por isso, o torcedor que quiser vestir um visual antigo do Coritiba precisará esperar um pouco mais, tentar conseguir uma camisa original com colecionadores ao apelar para um site inglês. Isso mesmo. O toffs.com (The Old Fashioned Football Shirt) vende uma réplica da camisa alviverde usada na década de 60. Uma pirataria internacional. ?Não temos como notificar essa empresa. O normal seria um processo para pegar parte do lucro, mas o custo processual seria bem maior?, lamenta Dietrich.

O próprio Dietrich tentou adquirir uma unidade, mas acabou barrando em erro no processo eletrônico. Mesmo assim, a oferta continua no site inglês, que grafa o nome do clube como ?Curtiba?. O preço também não é nada bom e custa cerca de R$ 140,00, fora a despesa de envio e possíveis taxas de importação cobradas na chegada do produto no correio local.

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