Símbolo de integração, Palmeiras faz 90 anos

São Paulo – No início, a Societá Sportiva Palestra Italia era ponto de encontro de imigrantes que vieram fazer a América no Brasil e que precisavam de agremiação para representar suas cores no “football”. Hoje, 90 anos depois, a Sociedade Esportiva Palmeiras é um símbolo de integração racial. O Palestra nasceu da obstinação dos italianos Luigi Cervo, Ezequiel de Simone, Luigi Marzo e Vincenzo Ragognetti.

A primeira partida só ocorreu quase cinco meses depois em 24 de janeiro de 1915, domingo de verão, o Palestra entrou em campo, com camisas azuis e faixa branca, para enfrentar o Savóia, de Sorocaba, outro clube da colônia italiana. Vitória por 2 a 0.

O Palestra era, enfim, realidade. Um ano mais tarde, estreava no Campeonato Paulista, com 1 a 1 com o Mackenzie. O primeiro título estadual só chegaria em 1920, na vitória final por 2 a 1 sobre o Paulistano.

O Palestra cresceu, ganhou importância, em agosto de 1933 inaugurou seu estádio (goleada de 6 a 0 sobre o Bangu) e se consolidou como a segunda equipe mais popular perdia apenas para o Corinthians. A Segunda Grande Guerra, porém, trouxe transtornos e perseguições aos imigrantes italianos. O clube teve de mudar de nome e em 42 ficou com Sociedade Esportiva Palmeiras. Nos anos 60, no auge do grande Santos de Pelé, era o Palmeiras quem incomodava, com sua ?Academia?, liderada pelo talento mágico de Ademir da Guia, até hoje o maior ídolo do clube.

Lutar é vocação do Palmeiras, patrimônio intocável de seus 11 milhões de torcedores, verdadeiros e eternos donos.

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