Silas pendura as chuteiras

Aos 37 anos, com a vida estabilizada e cansado da rotina do futebol, o meia Silas resolveu pendurar as chuteiras. O craque que despontou no time do São Paulo de 1985, na época em que o técnico Cilinho comandou os “Menudos do Morumbi”, jogando ao lado de Muller, Sidney e do já consagrado Careca decidiu deixar a bola de lado para se dedicar integralmente à família. Promete ainda jogar tênis com os amigos sem descuidar dos negócios que inclui três pastelarias populares em Campinas.

O “Papa Pastel” já existe há 12 anos. Na época ele ainda jogava e abriu o negócio com um cunhado. Hoje são três lojas localizadas em shoppings da cidade e conhecidos como “pastelão”. A idéia inicial funcionou: era ter um pastel grande, que pudesse substituir uma refeição, para atender os consumidores de classe mais baixa.

Silas não pretende, porém, ficar tão longe da bola. Já é procurador de 12 jogadores e pretende expandir os negócios embora reconheça que o “momento é delicado”. Não se diz frustrado com o futebol, mesmo porque foi através do esporte que pode difundir o grupo “Atletas de Cristo”, inclusive para a Argentina onde chegou a comandar um programa evangélico na televisão.

“Só não consegui ser campeão do mundo profissional (foi campeão mundial sub-17 na Rússia), mas me sinto totalmente realizado”.

Atleta dedicado e muito regular, ao longo de 18 anos acumulou títulos. Foi campeão paulista três vezes pelo São Paulo (1985, 1987 e 1989) e campeão brasileiro em 1986. Participou de duas Copas do Mundo 1986 e 1990 e foi campeão da Copa América, em 1989. Na Itália, defendeu o Cesena e sagrou-se campeão da Recopa pelo Sampdoria (1991/1992). Atuou no Sporting e Benfica de Portugal e foi campeão argentino pelo San Lorenzo de Almagro (1995). No Japão defendeu o Kyoto Purple Sanga (1998/1999).

No Brasil atuou em vários clubes como Internacional (campeão gaúcho e da Copa do Brasil em 1992) Vasco da Gama, Atlético-PR (campeão estadual em 2000) e América-MG. Nos últimos anos aceitou o desafio de jogar no interior paulista. Passou por Rio Branco de Americana e Ituano. Em 2002 ajudou o amigo Pepe a livrar a Portuguesa Santista do rebaixamento no Paulistão. Nesta temporada não teve a mesma sorte com a Internacional de Limeira.

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