Sidnei é a surpresa do Paraná Clube

O volante Sidnei está muito próximo de estrear no campeonato paranaense de 2003 amanhã, na partida decisiva entre Paraná e Portuguesa Londrinense, no Pinheirão, às 16 horas. O experiente jogador substituiu Fernando Miguel no coletivo de ontem e apesar de o técnico Omar Feitosa ter mantido o mistério sobre a escalação – a equipe só será confirmada após o treinamento de hoje – Sidnei pode ser a surpresa para o compromisso contra a Lusinha. Durante a competição, ele foi relacionado em apenas três partidas – foi banco contra União, Maringá e Malutrom – mas não entrou em nenhuma das partidas. “Antes tarde do que nunca. Tomara que tenha a mesma sorte que tive nos jogos em que fiquei no banco. Não perdemos em nenhum dos jogos”, torce.

A escalação de Sidnei entre os titulares surpreendeu até mesmo o jogador, que entrou em campo pela última vez em um amistoso contra o Prudentópolis, preparatório para o estadual. “Naquele jogo, estava voltando de contusão e acabei expulso. Depois não tive mais chances, mas respeito a decisão do Caio. No entanto, não há como negar que é ótimo estar de volta”, diz.

Ao que parece, um ponto que conta a favor do jogador é a sua experiência e identidade com a camisa do Paraná. “Eu vivi momentos de muitas alegrias no Paraná e é triste ver o clube nesta situaçao. Mas vamos dar a volta por cima, com muita luta e trabalho”. Sem Ageu e Dauri, contundidos, o técnico Omar Feitosa pode ter em Sidnei e Roberto o ponto de equilíbrio com a garotada da Vila. “Nós já vivemos mais coisas no futebol e sabemos controlar melhor a ansiedade. Mas todo o grupo está consciente de que temos que vencer e toda a pressão pela qual os garotos vêm passando ajudou a amadurecê-los”.

Quanto ao fato de estar sem ritmo de jogo, o jogador é enfático. “Eu podia não estar jogando, mas me dediquei muito aos treinamentos. Sabia que a qualquer momento poderia ser solicitado e queria estar pronto. Essa chance surgiu e se tiver que ir para o jogo, vou com o maior prazer”. O torcedor paranista agradece.

Torcedores ilustres, sofredores em dobro

No momento em que o Paraná Clube entrar em campo para a partida que definirá o destino do time no campeonato paranaense, três jogadores, em especial, terão de se contentar em fazer as vezes de torcedores fervorosos e sofrer a angústia de ficar nas arquibancadas. O zagueiro Cristiano Ávalos, que está de fora da equipe desde o clássico com o Coritiba, já está mais conformado. Ele se recupera de um problema no tornozelo direito. “É muito difícil ficar de fora em um momento desses. Mas tenho que me empenhar na recuperação para poder prorrogar meu contrato para o Brasileirão”, diz o zagueiro, que não esconde a identidade criada com o clube. “É muito triste chegar na última rodada tendo a obrigação de vencer. Mas mesmo que não possa entrar em campo, faço questão de continuar apoiando meus companheiros”, diz.

Para o zagueiro e capitão da equipe Ageu o sofrimento parece ser ainda melhor. Há mais de dez anos defendendo as cores do clube, ele terá de ficar de fora da partida decisiva devido a uma lesão no ombro, ocorrida no jogo contra o Rio Branco. “É muito chato ficar de fora nessa última batalha. Mas como capitão, tenho que mostrar força e apoiar o time, mesmo que na hora de entrar em campo tenha que ficar de fora”. Recentemente, Ageu sentiu na pele o sofrimento de defender uma equipe que caiu para a segunda divisão. No brasileiro do ano passado, Ageu defendia a Portuguesa. “É uma situação terrível, que vivemos em 99, com o próprio Paraná. Estava no grupo que caiu e conseguimos reerguer o time. Desta vez, não vamos deixar a equipe cair, mas toda essa difícil passagem pelo estadual nos dará mais forças para lutar no Brasileirão”, promete.

Quem se juntará à dupla de zaga na arquibancada é o atacante Dauri, que lamenta o fato de não ter a chance de se redimir com a torcida. “Foi terrível perdermos em Paranaguá, pois além de acabarmos com a chance de classificação, ficamos nessa situação. Seria muito importante lutar até o fim, mas não deu”, diz, referindo-se à fisgada no músculo adutor da coxa direita que o mandou para o departamento médico. “Agora, é torcer fervorosamente para que o time alcance o objetivo único: a vitória”.

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