Sérgio Soares deixa o comando do Paraná Clube

O Paraná Clube está de volta à velha ciranda. Alegando problemas particulares, Sérgio Soares deixou ontem o comando técnico da equipe e, na mesma rotina dos últimos anos, o Tricolor não consegue emplacar um trabalho sequer de médio prazo. Por assédio de outras equipes, por maus resultados e, agora, problemas familiares, o resultado final é sempre o mesmo: o clube na berlinda e precisando reencontra um novo comandante para a sequência da temporada. Tudo isso faltando menos de três meses para o encerramento da Série B, competição em que o clube ocupa uma modesta 13.ª colocação.

Sérgio Soares tomou a decisão de deixar o Paraná neste fim-de-semana. Alegou um sério problema com sua filha de apenas 5 anos. “A Fernanda não conseguiu aceitar o meu afastamento. Há vinte dias ela está convivendo com crises de febre. Chegamos a pensar que fosse a gripe A”, explicou Soares, que fez questão de falar com a imprensa e com o grupo de jogadores antes de deixar Vila Capanema. “O pediatra tentou descobrir o que estava acontecendo e a única explicação foi saudades do pai, já que nunca fiquei tanto tempo assim longe de casa”. Soares chegava a inventar desculpas para justificar a ausência e a cada folga seguia às pressas para São Paulo.

Paralelamente a isso, Sérgio Soares recebeu, no último sábado, uma ótima proposta do Santo André, que há questão de um mês já havia feito uma investida. “Já recusara três ou quatro ofertas anteriores, de clubes da Série A. Agora, poderei resolver essa questão familiar sem deixar de trabalhar”, comentou. Sérgio Soares foi o quarto treinador do clube nessa temporada e aquele que obteve melhores resultados, mesmo não conseguindo levar o Paraná a uma área de conforto na Série B. Foram 13 jogos e um aproveitamento de 51,28%.

A diretoria tricolor passou o fim-de-semana sem permitir que a saída de Soares vazasse, fazendo contatos à procura de um substituto. O diretor de futebol Paulo Welter teve que cancelar uma viagem e o presidente Aurival Correia voltou às pressas de Foz do Iguaçu. Ainda hoje devem anunciar o novo treinador da equipe. Nomes não foram citados, mas apesar da lista extensa de especulações, Welter disse que por ele as opções se restringem apenas a dois nomes. Os problemas estariam na questão financeira e no desejo de se contratar apenas o técnico e um auxiliar.

“Não vamos abrir mão desse pessoal da casa”, disse Welter, referindo-se aos preparadores físicos Rodrigo Rezende, Marcos Walczak e Fernando Gibran, ao preparador de goleiros Renato Secco e ao auxiliar-técnico Ageu Gonçalves. Dentre as possibilidades, surgem dois nomes de profissionais que já comandaram o Paraná, como Luiz Carlos Barbieri e Pintado. Outras opções seriam Lula Pereira, Ruy Scarpino e Marcelo Veiga. Este, atualmente no Bragantino, há tempos figura na lista de opções do Tricolor.

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