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Serginho defende abandono do gramado após racismo: ‘Tem que abrir um precedente’

O atacante Serginho defendeu nesta quinta-feira a atitude surpreendente que adotou no domingo, durante jogo do Campeonato Boliviano. Defendendo o Jorge Wilstermann, ele abandonou o gramado diante de ofensas racistas recebidas por parte da torcida do Blooming. E foi alvo de reclamação formal do rival no Tribunal de Justiça Desportiva.

“Fui discriminado pela minha cor desde o início da partida. Me chamaram de macaco, gorila, a cada momento em que eu tocava na bola”, declarou o brasileiro de 34 anos, que defende o Wilstermann desde 2017. “Tem que haver um precedente para que isso acabe de uma vez por todas”, afirmou.

Serginho abandonou o campo do estádio Ramón Aguilera, em Santa Cruz de la Sierra, aos 40 minutos do segundo tempo da partida realizada na noite de domingo. O brasileiro iria executar uma cobrança de escanteio, mas, ao ser alvo dos insultos, cruzou o gramado e abandonou a partida. O Blooming venceu o Wilstermann por 2 a 0 em partida do Torneio Apertura nacional.

Nesta quinta, ele alegou que estava cada vez mais incomodado com os insultos e decidiu deixar o campo porque sua família estava assistindo ao jogo. Após o episódio de racismo, o brasileiro e o Jorge Wilstermann contaram com o apoio da Federação Boliviana de Futebol, de rivais como Aurora e The Strongest e até do presidente do país, Evo Morales.

O Blooming também condenou os ataques racistas, mas ao mesmo tempo fez uma queixa formal ao tribunal porque o jogador deixou o gramado antes do fim da partida. O Wilstermann, por sua vez, também acionou o tribunal por conta das ofensas raciais.

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