O Senado do Paraguai revogou nesta quinta-feira a lei que dá imunidade diplomática à sede da Conmebol. O projeto de lei aprovado pelo deputados há duas semanas não teve oposição entre os senadores e passou ao Executivo para ser promulgado.

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O presidente Horacio Cartes disse anteriormente que defendia a revogação da imunidade diplomática que possui o edifício da Conmebol desde 1997, que fornece as proteções geralmente reservadas para embaixadas estrangeiras.

A lei estabelece a “inviolabilidade” das instalações, incluindo “suas propriedades, arquivos, documentos e papéis existentes sobre o mesmo”. A sede da Conmebol está localizada em Luque, nos arredores de Assunção.

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Os pedidos para revogar a imunidade que possui a sede do organismo gestor do futebol da América do Sul ocorreram na sequência do escândalo de corrupção na Fifa, desencadeado por uma investigação dos Estados Unidos, que provocou a prisão de sete dirigentes na Suíça, entre eles o brasileiro José Maria Marin.

Caso a revogação da lei seja promulgada por Cartes, a Polícia Federal do Paraguai poderá entrar na sede da Conmebol para recolher documentos que possam ajudar na investigação liderada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

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Várias figuras da Conmebol, incluindo seus ex-presidentes Nicolás Leoz e Eugenio Figueredo, estão entre os acusados pelas autoridades norte-americanas de terem participado de esquemas de subornos, crime organizado e lavagem de dinheiro relacionados com a venda de direitos de transmissão de torneios de futebol.