A morte do estudante André Scaramussa Lopes, de 19 anos, que foi atropelado na semana passada no trecho da BR-277, em frente ao Parque Barigüi, após sair de um jogo do Atlético no estádio Janguito Malucelli, reacendeu a polêmica em torno da necessidade de construção de uma passarela no local.
A obra é uma reivindicação antiga dos moradores dos bairros Mossunguê e Santo Inácio, que há anos exigem um acesso seguro para atravessar a rodovia. Além da população, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) também já pediu a execução da obra. Desde 2008 tramita na Justiça uma ação civil pública apresentada pelo MP-PR que cobra da concessionária Rodonorte, concessionária que administra o trecho, a construção de uma passarela no km 94 da BR-277.
Em novembro do ano passado, a prefeitura de Curitiba, o governo estadual e a Rodonorte anunciaram o início das obras da passarela e até uma placa sobre a nova estrutura foi colocada no local. Porém, até agora, nenhuma intervenção foi feita no trecho. A concessionária afirma que a passarela está sendo montada em Carambeí, na região dos Campos Gerais, e será instalada apenas no mês de abril.
Jogos
Além da falta da passarela, moradores da região e frequentadores do Parque Barigüi e do comércio local vão ter que conviver com o movimento gerado nos jogos do Atlético, que mandará todas as suas partidas do Campeonato Paranaense no Janguito Malucelli. Na quarta-feira passada, os transtornos causados pela partida de futebol foram grandes. No local em frente ao estádio, a Polícia Rodoviária Federal realizou uma operação que garantiu a segurança da travessia da BR-277 pelos torcedores atleticanos.
No entanto, a ação, realizada antes e após o jogo, causou um enorme engarrafamento na região. A comerciante Silvia Niewinski conta que ficou presa no trânsito por mais de uma hora. “A minha ideia era ir a um supermercado que fica na região, mas acabei não conseguindo e fiquei parada no engarrafamento e ainda sendo perturbada por torcedores que deixavam o estádio”, disse.
