Sem grana da TV, Série B quebra e perde patrocínio

Pressionado por vários dirigentes de clubes que participam do campeonato brasileiro da série B, a direção da FBA (Futebol Brasil Associados) espera definir nesta semana um acordo para a transmissão dos jogos ao vivo. A expectativa é de que a Sportv (canal fechado) e a Rede Bandeirantes (canal aberto) comecem a transmitir a competição a partir da quarta rodada, no próximo final de semana.

“A transmissão passou a ser uma necessidade para que os clubes possam mostrar seus patrocinadores para todo Brasil”, comentou Beto Mayo, presidente do Marília, líder absoluto com 100% de aproveitamento.

Posição semelhante tem Alexandre Faria, diretor de futebol do América-MG. Segundo ele, “os clubes precisam ganhar visibilidade”. Para o presidente do União São João de Araras, José Mário Pavan, a exibição dos jogos em canal aberto abriria “o caminho para o acerto paralelo com a BR Distribuidora e a Varig”. O presidente da FBA, Peter Silva, mantém as negociações em sigilo, mas deve se reunir hoje com a direção da Globosat e também da Rede Bandeirantes. A idéia é a mesma anterior, ou seja, acertar com as duas emissoras. A primeira mostraria os jogos na Sportv e no sistema pay-per-view pagando aos clubes R$ 2,5 milhões. Por outro lado, a entidade compraria 33 horários na emissora para mostrar os jogos em âmbito nacional.

A participação da BR e da Varig garantiria as despesas com transporte num valor total estimado de R$ 7 milhões. A CBF também promete participar na negociação para viabilizar o campeonato. Segundo o secretário Marco Antonio Teixeira, a entidade vai liberar R$ 10 milhões. Parte desta verba já foi liberada no último final de semana quando a CBF bancou as viagens (passagens e hospedagens) dos clubes visitantes.

Todo acordo, porém, não significa que os 20 clubes da FBA vão receber algum dinheiro. Esta falta de perspectiva positiva deixou a direção da Portuguesa de Desportos preocupada. Alegando acumular prejuízo de R$ 220 mil mensais para disputar a série B, os dirigentes lusos pretendem se unir aos dirigentes dos outros cinco paulistas (Palmeiras, Mogi Mirim, Marília, Paulista e União São João) para pedir, oficialmente, uma ajuda junto à Federação Paulista de Futebol. Ano passado o presidente Eduardo José Farah liberou R$ 50 mil para cada clube.

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