Sem comemorar, Guga estréia no Master de Paris

Paris – Depois de redescobrir o caminho dos títulos no carpete de São Petersburgo, Gustavo Kuerten começa a se despedir da temporada 2003. O brasileiro estréia hoje no Masters Series de Paris, seu último torneio oficial do ano, contra o norte-americano Mardy Fish, 19.º colocado no ranking de entradas da ATP.

A partida tem início previsto para 13h (de Brasília) e será transmitida ponto a ponto pela tenisbr@sil. Guga e Fish já se enfrentaram uma vez no circuito e o catarinense levou a melhor. O duelo terminou com vitória do ex-número 1 por 3/6, 6/1 e 6/0, em jogo válido pela primeira rodada do Masters Series de Monte Carlo. O problema é que o norte-americano, de 21 anos, evoluiu muito desde então e se torna um adversário ainda mais perigoso quando joga em piso rápido.

Assim como Kuerten, Fish foi campeão domingo ao derrotar o sueco Robin Soderling por 2 sets a 1, com parciais de 7/5, 3/6 e 7/6 na final do torneio de Estocolmo. Neste ano, o tenista, titular da equipe dos EUA no Grupo Mundial da Copa Davis, foi ainda vice no Masters Series de Cincinnati e nos ATPs de Delray Beach e Nottingham.

Dono de um dos saques mais eficientes do circuito atual, Fish tem entre suas principais proezas da temporada, as vitórias sobre Andy Roddick, Carlos Moyá, Paradorn Srichaphan, Sebastién Grosjean, Rainer Schuettler e Mark Philippoussis. Após a conquista em Estocolmo, o norte-americano se mostrou confiante e chegou a acenar para a possibilidade de ir como substituto para a Copa do Mundo de Houston.

Guga, por seu lado, tem mais uma chance de voltar a subir no ranking de entradas da ATP. Como foi eliminado na primeira rodada do evento francês em 2002, o catarinense pode até mesmo se aproximar do top 10 caso vá longe na competição. Neste ano, Kuerten foi também campeão em Auckland e semifinalista de Buenos Aires, Acapulco e Aberto do Brasil.

“Estou motivado, super feliz com o meu título, mas vou entrar em quadra bem tranqüilo, relaxado e focado no jogo. Chegar em cima da hora para jogar um torneio não é fácil, mas também não é novidade. O circuito é assim e do outro lado da quadra vou encontrar um cara que também vem de um título e com muita confiança. Isso só mostra que o tênis está mesmo muito equilibrado”, comentou o brasileiro.

Menos de 24 horas depois de erguer o 19.º troféu de sua carreira, Guga e o técnico Larri Passos já estavam dentro de um avião rumo à França. Chegaram a Paris no início da tarde e, no final do dia, conseguiram uma quadra no local da disputa para bater bola.

“Foi mais um bate-bola leve, só para soltar um pouco do jogo e da viagem, já que não vamos conseguir treinar na quadra central”, contou Larri.

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