Brasília – O técnico da seleção brasileira de futebol, Carlos Alberto Parreira, informou ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que levará o time principal e alguns jogadores que venceram a Copa América para o “amistoso da paz”, dia 18, com o Haiti, em Porto Príncipe. A lista apresentada a Lula, que confirmou presença no estádio, inclui Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos, Cafu e Dida, além de Júlio César e Adriano, que mereceu elogios do presidente pelo “caráter” e por não ter “esquecido” a origem pobre.
Também devem integrar a relação os zagueiros Edmilson, Lúcio e Juan, o volante Kléberson e o atacante Luís Fabiano. A delegação brasileira terá 35 pessoas, sendo 18 a 22 jogadores. A convocação será anunciada hoje pela comissão técnica.
No encontro no Planalto, Lula pediu ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que em vez de Miami, a seleção treine em Santo Domingo, Republicana Dominicana, país vizinho ao Haiti. Teixeira concordou. Com isso, Lula conseguiu reforçar ainda mais sua imagem à da seleção na viagem à América Central, pois estará na Republica Dominicana para a posse do novo presidente do país, Leonel Fernandez.
Lula disse que vai convidar o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para assistir ao jogo. “Não há nenhuma associação política entre o governo e a CBF, o jogo é bom para o futebol e para o mundo”, avaliou Parreira, em entrevista após a audiência.
A delegação brasileira embarca no Rio e em São Paulo, na noite de domingo, dia 15, para Santo Domingo, onde deverá chegar na manhã de segunda-feira. No dia 18, duas horas antes do amistoso, a seleção seguirá de avião para Porto Príncipe. Do aeroporto ao estádio, o grupo irá de ônibus.
Ficou acertado que serão distribuídos cinco mil ingressos para estudantes e cinco mil para seus pais. Está descartada, por questão de segurança, a troca de ingressos por armas de fogo.
A CBF contratou uma empresa para gerar as imagens do jogo para televisões de outros países e decidiu instalar dez telões nas proximidades do estádio para quem não conseguir ingresso. A confederação ainda distribuirá, nas ruas de Porto Príncipe, 1,5 mil cartões com a foto da seleção campeã da Copa América. Já o governo doará camisas e bolas.