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Seleção assume favoritismo e não teme pressão na Copa

Faltando apenas um dia para o início da Copa do Mundo, os jogadores e a comissão técnica da seleção brasileira parecem não estar preocupados com o peso que o favoritismo no torneio possa acarretar. Ao menos foi esse o tom das declarações de todos eles na preparação para o começo do torneio, nesta quinta-feira, às 17 horas, em São Paulo, no Itaquerão, diante da Croácia.

Tudo começou com o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira. Logo no início das atividades na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), o veterano em Copas declarou que “o Brasil estava com uma mão na taça”, sem temer que isso fosse encarado como um excesso de confiança e mais preocupado em contagiar torcedores e aumentar a moral dos jogadores.

E nem o risco de que a derrota em casa, acontecida na Copa de 1950, volte a se repetir parece assustar os jogadores. Assim, lembram os casos de Itália, Alemanha e França, que venceram um Mundial como país-sede e perderam outro. “Grandes seleções mundiais, como Itália e Alemanha, ganharam uma Copa e perderam outra. O Brasil só perdeu, então chegou a hora de ganhar”, disse o zagueiro David Luiz, tentando espantar o temor de um novo Maracanazo.

Os jogadores, como o lateral-esquerdo Marcelo, garantem que não será pela pressão do favoritismo que a seleção vai perder novamente em casa. “Essa pressão não atrapalha, a gente sabe o potencial que a gente tem, sabe os nosso objetivos. Essa pressão é boa para ficar sempre em alerta”, afirmou o jogador do Real Madrid.

Para Hernanes, o grupo está maduro para conseguir lidar com a pressão do favoritismo. E o meia cita, inclusive, o seu caso específico, ao trocar a Lazio pela Inter de Milão no início do ano, como uma das grandes transações dentro do futebol italiano nos últimos tempos. Assim, garantiu que agora sabe melhor como lidar com as cobranças.

“Foi legal pela responsabilidade que cheguei, como grande contratação. E precisamos saber lidar com a pressão. Eu estava indo para enfrentar uma cobrança que nunca senti, agora é a cobrança de ter de vencer. Viver isso, de ser o nome que colocam a confiança e a esperança, foi um ponto importante, legal. Chegar na Inter, um dos grandes do mundo, lhe dá maior bagagem”, comentou.

O lateral-direito Daniel Alves assegura que a união entre torcida e seleção tornará o Brasil muito difícil de ser batido na Copa. “O povo é a seleção e a seleção é o povo. Isso faz o favoritismo do Brasil ser real”, afirmou o jogador do Barcelona, mostrando que a confiança está em alta na seleção.