Robert Scheidt e Bruno Prada seguem fazendo história na vela e nesta sexta-feira conquistaram o tricampeonato mundial da classe Star, após a vitória em Hyères, na França. O título foi vencido de maneira inesperada, já que eles vinham na segunda colocação em boa parte da competição, chegaram a ficar dez pontos atrás da liderança, mas acabaram se recuperando.

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Com o título, a dupla chega à terceira conquista em mundiais – haviam vencido em Cascais, Portugal, em 2007, e em Perth, Austrália, em 2011 – , feito inédito para a vela brasileira – Marcelo Ferreira foi campeão duas vezes, com Torben Grael, em 1990, e com o alemão Alexander Hagen, em 1997. Para melhorar, eles deixaram para trás seus principais rivais, os ingleses Iain Percy e Andrew Simpson, que lideraram a maior parte do campeonato.

Esta foi a 52.ª conquista dos brasileiros, em 11 anos de parceria. Desde maio de 2011 eles conquistaram todas as 11 competições que participaram até o fim. Há duas semanas, não venceram a Semana Olímpica Francesa, também em Hyères, quando tiveram que voltar ao Brasil por conta da morte de um parente de Scheidt.

Para serem campeões nesta sexta, Scheidt e Prada precisavam terminar cinco lugares à frente dos ingleses ou torcer para que eles não terminassem a prova e ainda para que os poloneses Mateusz Kusznierewicz e Dominik Zycki e os irlandeses Peter O’Leary e David Burrows não ficassem entre os primeiros.

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Experientes, os brasileiros optaram pela primeira alternativa. “Na reunião de ontem (quinta) à noite, decidimos que ficar em segundo ou terceiro lugar não interessava. Então, decidimos partir para a estratégia mais agressiva. A ideia foi ir para cima dos ingleses e torcer para os poloneses não ganharem e os irlandeses ficaram em terceiro. E deu certo”,

Scheidt e Prada terminaram a regata apenas na 39.ª colocação, mas forçaram Iain Percy e Andrew Simpson a terminarem na 38.ª posição. Com a regra do descarte, que desconsidera o pior resultado da dupla na competição, os brasileiros ultrapassaram os ingleses, com 30 pontos perdidos a 32. Para completar, poloneses e irlandeses também tiveram um mau dia, o que garantiu o título.

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