SBT perde, mas não desiste da transmissão do Paulistão

Brasília – O terceiro round da briga entre as TVs Globo e SBT pela transmissão do campeonato paulista foi vencido pela emissora fluminense, mas a luta ainda não terminou. Ontem, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Nilson Naves, decidiu que o processo retornasse ao ministro-relator, Antônio de Pádua Ribeiro, para que ele definisse quem tem razão. Com isso, a exclusividade no televisionamento do campeonato fica mantido para a Globo até que Ribeiro dê a decisão final.

Naves também não analisou o pedido da Federação Paulista de Futebol (FPF) que pedia reconsideração da decisão do vice-presidente do STJ, Edson Vidigal, que deu a exclusividade à Rede Globo. A emissora fluminense entrou ontem com uma reclamação no STJ contra a decisão da FPF de cancelar quarta-feira a partida entre Palmeiras e Ponte Preta, sob a alegação de chuvas.

Os advogados da emissora sustentam que a atitude da federação foi um descumprimento à liminar de Vidigal. Além disso, a Globo assegura que a FPF violou o contrato de exclusividade ao permitir que o SBT transmitisse, no mesmo dia, o jogo entre Corinthians e Portuguesa. Os advogados das Organizações Globo poderão entrar com uma nova ação contra a federação, pedindo ressarcimento por possíveis prejuízos causados pela transmissão do jogo pela SBT e pelo cancelamento de Palmeiras e Ponte Preta.

A FPF argumenta que o SBT já havia transmitido três jogos no fim de semana, graças à liminar concedida pelo desembargador Mohamed Amaro, terceiro vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo. Além disso, segundo a federação, que apresentou sua defesa relacionando 60 itens – todos rebatidos pelos advogados da Globo – a emissora não esgotou todos os recursos jurídicos no TJ paulista, o que impediria de entrarem com nova medida cautelar na instância superior, que é o STJ.

A briga entre as emissoras paulista e fluminense e as transmissões dos jogos do fim de semana poderão ou não terminar hoje. Tudo vai depender do ministro Pádua Ribeiro, relator do processo. O STJ não informou se o ministro iria tomar a decisão hoje ou na próxima semana.

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