Presença de Fernandinho
deu mais ofensividade ao time.

Maior artilheiro da história do Paraná Clube (104 gols), Saulo de Freitas vem se notabilizando, agora como treinador do time, por priorizar a ofensividade. Com seu comando, o Tricolor recuperou a condição de segundo melhor ataque do Brasileirão e, agora, parte para um novo desafio: sustentar fora de casa a campanha expressiva das últimas seis rodadas. A prova de fogo tem início amanhã, às 20h30, no Independência, frente ao Atlético Mineiro, 5.º colocado e na briga por uma das vagas à Copa Libertadores. Na seqüência, serão outros quatro jogos fora de sua sede.

Os números resumem a postura do “novo” Paraná. Nos seis jogos sob a direção de Edu Marangon (em dois deles no 3-5-2 e com pouca liberdade para os alas), o Paraná fez somente seis gols. Estagnou e perdeu posições na artilharia e, consequentemente, na classificação geral do campeonato. No mesmo número de jogos, mas com Saulo dando as cartas, o Tricolor marcou 16 gols, com média de 2,67 gol/jogo. Veloz e envolvente, o Paraná goleou São Paulo, Flamengo, Paysandu e Internacional.

A mudança mais significativa – além, é claro, da troca de um zagueiro por um meia – ficou por conta do retorno de Fernandinho. O meia, “barrado” até do banco de reservas por Marangon, voltou à posição de titular e mudou o perfil da equipe, junto com Marquinhos, Caio e Renaldo. O quarteto vem desmontando as defesas adversárias, mas os jogadores sabem que há muito a melhorar nesta busca por uma vaga à Copa Sul-Americana, principalmente no que se refere ao rendimento como visitante. Em todo o Brasileiro, foram apenas 3 vitórias e 3 empates, com 12 derrotas. Há uma quarta vitória conquistada fora de Curitiba (2×0 no Fluminense, em Maringá), mas o Tricolor era o mandante daquele jogo.

“Fora de casa, é natural o time se retrair um pouco mais. Todos os times agem desta forma”, lembrou o lateral Valentim. “Mas, precisamos jogar no limite durante os noventa minutos, pois num campeonato tão equilibrado, não dá para esperar que os gols saiam ao natural”. Com Saulo, o Paraná, fora de casa, coleciona uma vitória, um empate e uma derrota (somente nesta segunda etapa do Tigre à frente do time, como técnico e não como interino). Na passagem anterior, conduziu o Tricolor na vitória sobre o Vitória, em Salvador (3×0), mas foram registradas duas derrotas, para Cruzeiro e Atlético Paranaense.

Neste jogo, Saulo admite que os cuidados defensivos não podem ficar em segundo plano. “Principalmente pela qualidade do Atlético, um time que tenta sempre sufocar os seus adversários no Independência”, frisou. Fica difícil, segundo sua análise, adiantar a linha de marcação como ocorreu nos jogos disputados no Couto Pereira. “Isso não significa que vamos abdicar do ataque. Meu time joga para vencer, para marcar gols”, frisou. Renaldo e Marquinhos agradecem. A dupla marcou exatos 50% dos gols da equipe neste Brasileiro, 34, dos 68 que o Tricolor fez.

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