Saulo “barra” dois para o jogo contra o Flamengo

O técnico Saulo de Freitas torce para que o velho chavão “treino é treino, jogo é jogo” seja colocado em prática neste fim de semana. O apronto do Paraná Clube para o jogo de amanhã, frente ao Flamengo, no Rio de Janeiro, foi decepcionante, na opinião do treinador e de vários jogadores. O reflexo imediato foi a troca de dois jogadores e a indefinição do time. Cristiano Ávalos e Fabinho podem ser “barrados”, com as entradas de Fernando Lombardi e Rodrigo Silva.

Visivelmente contrariado, Saulo preferiu não aprofundar os comentários, apenas deixou no ar a possibilidade de que estas alterações processadas quase no final do treino sejam postas em prática no Maracanã. “O time até esteve bem postado, mas a apatia preocupa”, comentou o técnico. Foi um treinamento sem gols e com poucas jogadas de área. O centroavante Renaldo também saiu de campo frustrado, com a falta de volume ofensivo. “Essa reação do Renaldo ao menos mostra que os jogadores estão conscientes que o trabalho não foi bom”, comentou Saulo.

O técnico recordou que antes do jogo do São Paulo, o rendimento da equipe no treino também ficou abaixo do esperado. “Só que não é isso que queremos. Os jogadores devem ter bom rendimento durante a semana para que o jogo seja uma extensão dos treinos”, ponderou Saulo de Freitas. “Prefiro ficar com a imagem de quarta-feira, onde o time rendeu acima do esperado.” Mesmo não confirmando o time, o treinador deixou claro que não mexerá na estrutura tática.

O 3-5-2 foi testado, mas permanecerá como opção a ser utilizada eventualmente nos próximos jogos. “Até diante do Flamengo, posso recorrer a esse posicionamento, mas para iniciar, vamos com a mesma estratégia de jogos anteriores”, afirmou. O goleiro Flávio, recuperado de lesão muscular, e o atacante Caio, que cumpriu suspensão, voltam à equipe.

Caso Dennys perto da solução, mas sem clareza

O caso Dennys deve ser solucionado nos próximos dias, quando o juiz Fernando Hoffman, da 9.ª Vara do Trabalho da capital ,se pronunciar. O jogador e o Paraná Clube brigam na justiça para saber de quem é o valor da multa rescisória que está depositada em juízo, no valor de R$ 165.440,00.

A pendenga começou em junho, quando o empresário do atleta comunicou ao clube o interesse do Dínamo, de Kiev. Segundo o advogado de Dennys, Josafá Lemes, por contrato, o clube estava obrigado a conceder a liberação e, em contrapartida, receberia uma indenização de 20% do valor da negociação. “No início do ano, o clube recebeu R$ 500 mil em troca dos direitos federativos do Dennys. Foi assinado um contrato até dezembro deste ano, com uma cláusula determinando o pagamento de uma multa em caso de negociação com outra agremiação”, explicou.

Entretanto, segundo Lemes, o Paraná Clube demorou a liberar o jogador, o que acabou prejudicando o andamento do negócio. “As inscrições na Ucrânia se encerravam no dia 8 de agosto e o depósito da multa foi feito no dia 7. Entretanto, a liberação só aconteceu em 13 de agosto”, diz o advogado. O estranho é que as inscrições na Europa encerraram no dia 31 de agosto.

Em função do suposto atraso na liberação, Dennys teve que voltar da Ucrânia e atualmente está sem clube. Uma vez que a negociação não foi efetivada, o advogado de Dennys pleiteia o valor depositado em juízo. “O Paraná só teria direito a esse valor se o contrato com o Dínamo fosse assinado. Isso não aconteceu pela morosidade do Paraná”.

Em contrapartida, o Paraná Clube alega que a liberação foi feita tão logo o dinheiro foi acusado na conta. “Nós temos documentos que provam que o atestado foi emitido no prazo combinado. Fizemos a nossa parte e queremos o valor determinado”, diz o advogado do Paraná, Marcos Surugi.

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